Canisso, baixista dos Raimundos, morreu aos 57 anos nesta segunda-feira (13). A causa da morte não foi divulgada.
O músico deixa a mulher, a psicóloga Adriana Vilhena, além dos quatro filhos: Maike, de 29 anos, Lóri, de 28, Nina, de 22 e Pedro, de 19.
O velório do baixista será nesta quarta-feira (15), das 10h às 16h, no Ginásio José Corrêa, localizado na avenida Guilherme P. Guglielmo, nº 1000, em Barueri, São Paulo (SP). A cerimônia será aberta ao público.
“É com imenso pesar que a família Raimundos comunica o falecimento do baixista Canisso, hoje dia 13 de Março de 2023. Para nós, José Henrique Campos Pereira, o eterno Canisso, sempre estará vivo nos nossos corações e na música brasileira”, disse a equipe do artista em um comunicado.
Conheça mais um pouco sobre a história do baixista dos Raimundos
Canisso ou José Henrique Campos Pereira, nasceu em São Paulo no dia 9 de dezembro de 1965, mas grande parte da sua adolescência foi em Brasília, no Distrito Federal.
No DF, Canisso foi convidado pelo cantor Rodolfo Abrantes para integrar a banda Raimundos ao lado do guitarrista Digão.
Um grande sucesso dos anos 90, a banda emplacou três CDs logo de cara. ‘Raimundos’ (1994), ‘Lavô Tá Novo’ (1995) e ‘Só no Forevis’ (1999).
Em 1999, ‘Só no Forevis’ foi o disco mais vendido da banda. Seu nome veio foi uma homenagem ao humorista Mussum, de ‘Os Trapalhões’. As músicas ‘Mulher de Fases’ e ‘A Mais Perdida’ marcou grandes gerações, e vive até hoje.
Apesar do álbum ter vendido quase dois milhões de cópias na época, Rodolfo não se mostrava contente com o rumo da carreira, e a banda resolveu fazer uma pausa em 2001.
Dois meses depois, Canisso, Digão e Fred lançaram o álbum “Éramos Quatro”, retomando a parceria musical.
Canisso deixou os Raimundos ‘de vez’ um ano depois, e chegou a integrar brevemente a banda Rodox, formada por Rodolfo.
Em 2007, o baixista voltou para os Raimundos, banda que permaneceu até a sua morte.
Despedidas
Nas redes sociais, Pedro Toscano lamentou a partida do pai e enfatizou que ele sempre será o seu herói.
“Luto. Sempre foi e sempre será meu herói. Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo, a sensação que nunca terminei de restaurar o carro dele, mas mesmo assim ele se orgulhava muito de mim. A sensação que vou chegar em casa e não vou mais vê-lo”, desabafou o jovem de 19 anos.
Nina Toscano, filha do baixista, também compartilhou uma série de fotos ao lado do pai e disse:
“Te amo para sempre, pai. Vai com Deus. Fly high [voe alto]. Obrigada por ter me guiado nessa vida, vou levar seus ensinamentos para o resto da minha vida, sou quem eu sou por sua causa, não podia pedir por um pai melhor. Te amo mais que a vida”.
Ao compartilhar as informações sobre a despedida do marido, Adriana Vilhena foi breve e ressaltou: “Um detalhe, ele ñ gostava de flores de cemitério…”.