Na última quinta-feira, a Federação Paulista de Futebol enviou um documento aos São Paulo constatando a razão do clube em duas das três reclamações feitas em relação aos lances polêmicos do clássico no último domingo, diante do Palmeiras.
De acordo com esse documento, que tem a assinatura de Sérgio Corrêa, do Departamento de Relacionamento com a Arbitragem, o volante Richard Ríos deveria ter sido expulso pelo árbitro e Matheus Delgado Candançan deveria ter marcado o pênalti a favor do São Paulo, em lance em cima de Luciano.
O único lance que discordam do clube paulista é em relação a penalidade marcada, em lance sobre o zagueiro Murilo, após choque com o goleiro Rafael.
Vale lembrar que o São Paulo ainda solicitou que o árbitro Matheus Delgado Candançan não apite os jogos do time. No documento emitido, Corrêa disse que essa decisão precisa ser tomada pela Comissão de Arbitragem.
A Federação Paulista de Futebol afirmou que o parecer assinado por Corrêa não representa a opinião da Comissão da FPF.
Confira os trechos do documento obtido pelo ge
“Sobre a possível expulsão de Ríos: o filiado tem razão. O jogador 27, Richard Ríos Montoya, da equipe visitante, poderia e deveria receber cartão vermelho por jogo brusco grave.”
“Sobre o pênalti em Luciano: o filiado tem razão. O fato é que existe a evidência do choque por trás que tolheu o movimento do atacante, portanto uma falta imprudente foi cometida pelo defensor dentro da área. A decisão técnica é pela penalidade sem necessidade de punição disciplinar.”
“Sobre o pênalti em Murilo: o filiado não tem razão. A figura acima demonstra que a visão do árbitro central para decidir com convicção em campo é baixa.”
“Se a partida tivesse sido jogada entre 1914 e 2018, com certeza a decisão de seguir o jogo seria debatida, mas a decisão de campo aceita, mas a partir da tecnologia temos que mudar a chave e ter a compreensão que estamos com imagens que levam a um maior número de acertos que outrora.”
O clássico
No último domingo, o clássico terminou quente. O São Paulo, que estava insatisfeito com o tratamento que recebeu no Allianz Parque, não permitiu a utilização da sala de imprensa para o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, fazer a entrevista pós jogo. O clube disponibilizou a zona mista do estádio para isso.
Além desse conflito, os corredorews que lingam os vestiários também renderam. Por conta das polêmicas do jogo, jogadores e dirigentes do São Paulo fizeram duras reclamações com a arbitragem e a comissão técnica do alviverde foi flagrada rindo do episódio.
Além disso, o diretor de futebol, Carlos Belmonte foi filmado xingando o técnico rival. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, após o comentário “xenofóbico”, considerou o dirigente como “persona non grata” no clube.