Na última quarta-feira, após o empate com o San Lorenzo, Flaco López caminhou sozinho para as arquibancadas. Em meio as 40 mil pessoas presentes no Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, estava parte de sua família.
“Encontrei minha família. Era minha irmã, meu irmão, meus sobrinhos, umas 20 pessoas.”, disse ele durante entrevista ao ge.
O jogador correu o risco de ficar fora da relação, mas fazia questão de estar na Argentina. Desde que saiu de seu país natal, sua família costuma ir reencontrá-lo no torneio, assim como foi na partida contra o Boca Juniors no ano passado.
Tios, primos e amigos estavam no estádio. O jogador falou sobre o sonho:
“Desde os 11 anos que venho acompanhando ele conquistar esse sonho. Imagine que deixou seu povo, de oito mil habitantes, e toda sua família foi viver em Buenos Aires pelo sonho dele. Vê-lo jogar a Libertadores é uma coisa incrível. Um sonho que se tornou realidade.”
Além disso, contou com a presença de um nome importante para sua história: Javier Andres Klos, o responsável por descobri-lo. Ele vive em Corrientes, onde cresceu Flaco e viajou cerca de 12 horas na estrada, para vê-lo jogar.
Dono de uma escola de captação de atletas, ele impulsionou o jovem na época em uma peneira no Boca Juniors. Através dos primeiros treinos, no Club Social y Deportivo LA Academia, e depois na primeira oportunidade, pelo Independiente, na base.
Javier falou sobre o jogador: “Quando vi pela primeira vez, disse que ele merecia uma oportunidade porque tinha futuro. Levei para o Independiente e deixaram ele livre porque não crescia, era fraquinho, não tinha altura.”.
Apesar disso, Flaco não desistiu e foi aprovado no Lanús, em Buenos Aires. Depois foi emprestado ao Club Atlético Colegiales, de Tres Arroyos, na Liga Regional para adquirir experiência.
Na pandemia, Lanús reduziu contratações e Flaco López subiu da base. Javier relembrou: “Foi tudo muito rápido e a alegria tem sido imensa porque era seu sonho.”.
Chegada
Na chegada a Buenos Aires, Flaco lópez foi um dos primeiros a descer do ônibus e foi para as grades abraçar uma torcedora que estava com a camisa do Lanús e o número 42 nas costas:
“É uma mulher da minha cidade, eu conhecia, ela é torcedora do meu primeiro time, foi uma das minhas primeiras fãs. É muito legal encontrar essas pessoas que a gente conheceu no começo da carreira, que apoiaram desde o começo. Estou feliz.”, disse Flaco.
Flaco entrou em campo quando o Palmeiras perdia de 1 a 0. Ele chegou a avançar ao ataque e quase marcou. Piquerez foi o autor do empate na quarta-feira.