A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,8% no primeiro trimestre do ano, encerrado agora em maio de 2022. Atualmente, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego assola 10,6 milhões de brasileiros.
Apesar do número de desempregados no Brasil ainda ser assustador, essa é a primeira vez em seis anos que o desemprego tem a menor taxa registrada desde janeiro de 2016, quando ficou em 9,6%.
Quando comparado apenas com trimestres encerrados em maio, a última taxa parecida foi em maio de 2015, com 8,3%.
Desemprego no Brasil veio melhor que o esperado
A média das previsões feitas pela Reuters indicavam que a taxa de desemprego no Brasil em maio viria a pelo menos 10,2%. No entanto, o resultado do trimestre foi surpreendente.
Ao todo, o número de desempregados diminuiu 11,5%, ou seja, 1,4 milhão de pessoas estão agora empregadas no Brasil em relação ao trimestre anterior.
Na comparação anual, os números são ainda maiores: 30,2%, equivalente a 4,6 milhões de pessoas.
Em abril, a taxa de desemprego era de 10,5%, e atingia 11,3 milhões de pessoas.
A taxa mínima que o Brasil já atingiu em relação ao desemprego foi em 2014, com uma taxa de 6,5%.
Brasil cria mais de 277 mil vagas de empregos formais em maio
Em maio, o Brasil criou 277.018 vagas de empregos formais, o que corresponde uma alta considerável se comparado com as vagas criadas em abril: 196.966.
O número também superou a expectativa do mercado, já que o consenso Refinitiv projetava apenas 192.750 vagas em empregos formais para maio deste ano.
No entanto, apesar do grande aumento do número de vagas formais, o salário médio dessas contratações continua diminuindo consideravelmente frente à inflação que assola o Brasil.
Em maio, o salário médio das vagas de empregos ficou em R$ 1.898,02, recuando 0,94% neste mês, o equivalente a um decréscimo real de R$ 18,05 – descontada a inflação.
O único setor em que o salário subiu de fato foi na construção civil: +0,98%, para R$ 1.905,51. O pior recuo foi na agricultura: -1,74%, para R$ 1.659,94.
As demais quedas foram no setor da indústria: -1,81%, para R$.1934,51, além do setor de serviços: -0,79%, para R$ 2.030,66, e no comércio: -0,47%, para R$ 1.645,35.