Um vídeo fascinante, divulgado recentemente, mostra a colisão da sonda Dart, da Nasa, com o asteroide Dimorphos, ocorrido em setembro de 2022. As imagens são o resultado do meticuloso trabalho do cientista Jacint Roger Perez, que uniu os mais recentes registros do acontecimento para criar um vídeo estabilizado. (Assista abaixo)
As imagens que permitiram a animação foram capturadas pelo satélite LICIAcube, pertencente à agência espacial italiana.
Veja o impacto da sonda Dart com o asteroide Dimorphos:
Un reescalado y recortado de la mayoría de frames#DART Mission#LICIACube – #Luke –
target: #Didymos #DimorphosNASA/ASI/j. Roger pic.twitter.com/oQ6zAJ5y6j
— landru79 (@landru79) November 3, 2023
Colisão da Dart com o asteroide Dimorphos
- A colisão da espaçonave Double Asteroid Redirection Test (Dart), da Nasa, com o asteroide de cerca de 160 metros de largura chamado Dimorphos foi proposital.
- A Dart foi lançada em um foguete SpaceX Falcon 9 saiu do Complexo de Lançamento Espacial 4 Leste na Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia.
- Ele viajou por mais de 10 meses antes de colidir intencionalmente com o asteróide Moonlet Dimorphos.
- Foi a primeira vez em que os humanos mudaram – de forma intencional – o curso de um objeto celeste.
- Se tratou de um experimento real de defesa planetária contra asteroides que possam entrar em rota de colisão com a Terra.
- O impacto afetou a órbita do asteroide mais do que inicialmente antecipado, não meramente devido à sonda em si, mas por conta da composição específica do asteroide que foi o alvo no teste.
- A missão mostrou que os seres humanos têm capacidade de evitar que um objeto espacial atinja a terra.
- O Dimorphos orbita um asteroide maior chamado Didymos, que tem por volta de 780 metros de diâmetro.
- Cientistas ficaram impressionados porque pouco antes do impacto conseguiram ver que a superfície do asteroide era rochosa e repleta de pedregulhos.
- Em 2024, a Esa (Agência Espacial Europeia) deve lançar a missão Hera com o objetivo de explorar o asteroide Dimorphos e as consequências do impacto. A ESA irá usar um foguete da SpaceX, o Falcon 9.
Nas semanas que se seguiram ao impacto cinético da DART, quando o par de asteroides estava a 11 milhões de quilómetros da Terra, uma equipa mundial de astronomos utilizou dezenas de telescópios estacionados em todo o mundo e no espaço para estudar o sistema de asteroides Didymos.
Antes do impacto do DART, Dimorphos orbitava Didymos uma vez a cada 11 horas e 55 minutos, e o impacto de hipervelocidade do DART reduziu esse tempo para 11 horas e 23 minutos – uma diferença de 32 minutos.
De acordo com a Nasa, o sucesso da DART irá ajudar a desenvolver modelos teóricos de deflexão de asteroides e permitir aos pesquisadores compreender melhor como – e quando – uma nave espacial de impacto cinético pode ser usada para desviar um asteroide em rota de colisão com a Terra.