O Paris Saint-Germain pode ter seu futuro mudado com o fim da Copa do Mundo do Catar. O clube tem um projeto financiado pelo governo árabe que visa torná-lo uma das principais potências do futebol mundial.
Atualmente, o PSG pertence ao QSI (Qatar Sports Investment), a aquisição foi realizada em 2011. Esse fundo está ligado ao alto escalão do país que foi sede da Copa do Mundo e permitiu ao clube levar as maiores estrelas do futebol, como Lionel Messi, Kylian Mbappé e Neymar.
O investimento do governo qatari, apesar de não se falar abertamente, funcionou como uma forma de melhorar a imagem do país no meio esportivo, já que tem seu nome ligado a diversas acusações de desrespeito aos direitos humanos, especialmente em questões de gênero, de sexualidade e de exploração de trabalho similar à escravidão.
Através dessa aproximação com o público esportivo, esperava-se garantir o sucesso da Copa do Mundo no Catar. Alguns indícios indicam que a parceria deve chegar ao fim.
No início da Copa, o presidente e administrador do clube, Nasser Al-Khelaifi, afirmou para o “TalkSport” durante entrevista, que a intenção do governo é vender uma parte das ações do PSG para investidores de outros setores.
A ideia é de que o QSI continue com o controle acionário, mas ela deixaria de ter controle total sobre os negócios. Assim, suas decisões teriam que ser justificadas aos demais investidores para que pudesse ser colocada em prática.
Vale ressaltar que o desempenho da equipe na temporada 2022/23 foi uma das melhores desde que o governo árabe assumiu o controle do clube.
Os grandes jogadores
Se isso se concretizar, o PSG diminuirá sua influência como propaganda do regime do Catar. O time hoje conta com três grandes jogadores que podem ter destinos diferentes no clube.
O jogador Messi, que foi campeão mundial com a Argentina, estará sem vínculo empregatício no final da temporada. Com isso, terá liberdade para assinar com qualquer time um pré-contrato a partir de 1º de janeiro.
O PSG pode tentar a renovação, mas um retorno ao Barcelona não está descartado.
O atacante Mbappé cravou uma dúvida sobre sua permanência. De acordo com o jornal espanhol “Sport”, ele estaria descontente com a diretoria porque não conseguiu “todos os poderes prometidos a ele na assinatura de contrato”. A expectativa é de que ele force uma saída da equipe no final da temporada.
O brasileiro Neymar, que tem contrato até 2025 dificilmente deixará o clube, mas a diretoria teme que o fracasso na conquista do hexa possa afetar o desempenho do atleta na equipe.