De acordo com dados que foram liberados pelo FGV durante essa terça-feira (25), a confiança do consumidor apresentou uma queda de 1,4 ponto e chegou a 74.1 pontos durante o mês de janeiro – começando assim, o ano de 2022 com expectativas negativas para os setores de comércio.
Durante o mês anterior, os dados estavam se apresentando mais estáveis. A publicação foi feita pela Sondagem do Consumidor e o cálculo é realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).
De acordo com a entrevista que foi prestada pela coordenadora das Sondagens, Viviane Seda Bittencourt, a confiança do consumidor está negativa tendo em vista as previsões de aumento de preço para os próximos meses. As expectativas de PIB, Produto Interno Bruto, que deve aumentar apenas 0,24% durante o ano de 2022, também influencia na forma como os brasileiros analisam o consumo.
A partir de agora, muitas pessoas estão pensando em guardar dinheiro para ter uma reserva financeira para não sofrer com uma possível crise que pode ser ocasionada pela variante da Covid-19. O número de casos vem aumentando, sendo impulsionado devido as festas do final de ano, como o Natal e a virada. Em algumas cidades do estado de São Paulo, por exemplo, mais de 80% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) já se encontram ocupados.
Viviane argumenta que as maiores tendências de diminuição da confiança do consumidor estão entre as classes mais baixas devido aos níveis de desemprego na qual o país se encontra: ao menos 14 milhões de pessoas estão sem ocupação.