Em decisão histórica, o Tribunal Distrital de Auckland, na Nova Zelândia, sentenciou a Whakaari Management Limited (WML), empresa proprietária do vulcão White Island, pela morte de 22 visitantes durante a erupção em 2019. A Justiça apontou negligências significativas da WML em “minimizar o risco” para os turistas presentes.
O magistrado Evangelos Thomas expressou consternação com as “falhas surpreendentes” da empresa. Agora, a WML enfrenta a possibilidade de uma multa que pode alcançar até US$ 928 mil, valor que corresponde a aproximadamente R$ 4,6 milhões na cotação vigente.
O juiz salientou a responsabilidade da WML, enfatizando que a empresa falhou em tomar medidas preventivas. “O Whakaari é um vulcão e sua erupção, sem aviso, era iminente”, reiterou.
Além da WML, outras três empresas envolvidas na tragédia também foram condenadas pela Justiça neozelandesa.
Erupção do vulcão na Nova Zelândia
Antecedentes:
- Embora o Whakaari seja considerado o vulcão mais ativo da Nova Zelândia, ele é uma popular atração turística, recebendo frequentemente excursões que exploram sua paisagem geotérmica única.
- Antes da erupção, o vulcão mostrava sinais de atividade aumentada, com níveis de alerta sendo elevados para 2 em uma escala que vai até 5, indicando atividade vulcânica moderada.
Dia da Erupção:
- Na tarde de 9 de dezembro, enquanto dezenas de turistas estavam na ilha, o vulcão entrou em erupção repentinamente. A violenta explosão lançou cinzas, rochas e vapor no ar, cobrindo grande parte da ilha.
Consequências Imediatas:
- No momento da erupção, havia 47 pessoas na ilha. Destas, 22 perderam a vida e 25 sofreram graves queimaduras e ferimentos. A maioria dos turistas era de nacionalidades estrangeiras, incluindo australianos, americanos, britânicos, chineses e malaios.
Resposta e Resgate pós-erupção do vulcão na Nova Zelândia
- Equipes de resgate enfrentaram condições extremamente perigosas para salvar os sobreviventes. Em muitos casos, os feridos tiveram que ser transportados de helicóptero para hospitais em todo o país devido à gravidade de suas queimaduras.
Em abril deste ano, a erupção do vulcão Shiveluch, na Rússia, lançou uma nuvem de cinzas e poeira a até 20 quilômetros de altura e transformou a paisagem no extremo Leste da península de Kamchatka.
Considerado um dos vulcões mais ativos da Rússia, o Shiveluch deixou casas, carros e estradas cobertos de cinza, interrompeu o tráfego aéreo, derreteu a neve e provocou um alerta nas rodovias da região.
Na vila de Klyuchi, situada a 50 quilômetros ao sul do vulcão, os moradores acordaram com o céu escuro e uma paisagem sobrenatural coberta de cinzas marrons. Imagens compartilhadas na web mostram pessoas andando pela cidade em trajes de proteção e camadas de neve de quase dez centímetros.