Um impressionante tesouro romano foi descoberto por um mergulhador no fundo mar Mediterrâneo na costa nordeste da Sardenha, na Itália. Trata-se de um rico depósito de fólis, moedas de bronze do Império Romano datadas a partir do século 4 d.C.
A descoberta, realizada no território de Arzachena, revelou entre 30 a 50 mil dessas antigas moedas, superando em número as encontradas em 2013 no Reino Unido.
No local, além das moedas, foram identificadas também paredes de ânforas, com origens tanto africanas quanto orientais.
O responsável por encontrar o tesouro romano é um mergulhador amador que notou vestígios metálicos a pouca distância da costa e a pouca profundidade. Desconfiando de que poderia se tratar de algo interessante, ele acionou pesquisadores para que fosse realizada uma investigação mais intensa no local.
Atraídos pela informação de um possível achado arqueológico, membros do Núcleo Arqueológico Subaquático da Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem de Sassari e Nuoro (ABAP), dos Carabineiros da Unidade de Proteção do Patrimônio Cultural e da Unidade Subaquática dos Carabineiros foram para o lugar indicado no dia seguinte.
Já nas primeiras análises na área, as equipes perceberam que se tratava de um tesouro romano de grande magnitude. As moedas estavam distribuídas em duas extensas áreas de dispersão entre a praia e uma região com plantas marítimas.
Tesouro romano bem preservado
O que aumentou ainda mais a empolgação foi o fato de que a maioria das moedas retiradas está em um estado excepcional de conservação, com apenas quatro peças danificadas, mas ainda legíveis.
De acordo com o Ministério da Cultura da Itália, existem moedas do período de Constantino, o Grande, e de outros como o dos Césares. A datação abrange o período de 324 (cunhagem de Licínio) a 340 d.C..
“O grupo de fólis recuperado provém de quase todas as cunhagens do Império ativas naquela época, com exceção de Antioquia, Alexandria e Cartago”, diz um trecho do comunicado emitido pelo Ministério.
Fólis
Os fólis eram moedas de bronze usadas no Império Romano, introduzidas no início do século 4 d.C. durante as reformas monetárias do imperador Diocleciano. Inicialmente grandes e valiosas, com o tempo, elas diminuíram em tamanho e valor devido à inflação.
Essas moedas eram comuns para transações cotidianas e frequentemente traziam imagens do imperador ou símbolos culturais, refletindo aspectos da história e cultura romanas.
Recentemente, um tanque Panzer nazista, oculto sob as águas do rio Czarna Nida por oito décadas, foi finalmente resgatado na Polônia graças a uma lenda local sobre a fuga nazista do Exército Soviético.
Michał Kęszycki resolveu montar um operação de resgate do tanque nazista baseado no relato de um familiar. A dica veio nos anos 90, quando um idoso informou o local do tanque submerso a um tio de Kęszycki.
“A história era que havia um tanque que rebocava outros tanques. O velho sabia um pouco sobre tanques alemães e disse ao meu tio que era um tanque Panther sem torre”, contou Kęszycki à mídia local.