Uma mulher que passou mal durante um procedimento em uma clínica de estética de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, morreu na segunda-feira (8). Íris Dorotéia do Nascimento Martins, de 45 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória. A intervenção que causou seu falecimento ainda não foi identificada.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, na manhã de segunda-feira, para socorrer a vítima. Quando a equipe chegou no local, ela já estava inconsciente e em parada cardiorrespiratória, mas os profissionais de saúde conseguiram reverter o quadro e a levaram para o Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD).
Na instituição de saúde, Íris precisou ser internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e faleceu às 20h19 do mesmo dia. De acordo com o prontuário médico, a paciente chegou com sangramentos em pequenos furos na região do abdômen. O documento questiona se o procedimento estético se tratava de uma lipoescultura.
Conforme a Polícia Militar (PM), a biomédica responsável pela clínica em que a mulher passou mal durante o procedimento estético foi encaminhada à delegacia para prestar esclarecimentos.
A clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária, ainda na segunda-feira, por suspeita de estar realizando procedimentos invasivos sem a devida autorização.
A Polícia Civil de Minas Gerais fez uma perícia no local e apreendeu equipamentos que podem comprovar que as profissionais executavam intervenções para as quais não estavam habilitadas.
A diretora de Vigilância em Saúde, Érika Camargos, explicou que a clínica de estética era autorizada a realizar “procedimentos minimamente invasivos, aplicação de botox e alguns procedimentos estéticos”. No entanto, os indícios apontam que Íris passou mal ao ser submetida a algo mais complexo.
De acordo com o jornal ‘Estado de Minas’, os familiares da mulher informaram que não irão se manifestar, mas que as providências necessárias serão tomadas para responsabilizar os responsáveis. Eles ainda teria confirmado que Íris teria sido submetida a uma lipoaspiração e pagado R$ 12 mil pelo procedimento.
Em novembro de 2022, uma brasileira foi condenada a quatro anos e oito meses de prisão na Itália por fazer uma cirurgia ilegal de silicone em Samantha Migliore, de 35 anos. A vítima morreu em abril do mesmo ano.
Segundo a Justiça, a brasileira não possuía nenhuma formação médica e realizou o procedimento para aumentar os seios na residência de Samantha. Ao perceber que a ‘cirurgia’ daria errado, ela saiu correndo do local e o marido da vítima levou a esposa com as seringas nos seios para um hospital local.