No último domingo (15), a cantora Solange Almeida falou sobre os problemas que vem enfrentando por causa do uso de cigarro eletrônico em entrevista ao programa ‘Domingo Espetacular’.
De acordo com a artista, seu primeiro contato com os famosos ‘vapes’ começou por influência de amigos próximos.
“Fui usuária durante oito, nove meses. Aquela coisa de ver amigos usando, eu nunca tinha usado”, começou.
Solange Almeida afirma que cigarro eletrônico causou lesão em suas cordas vocais e pulmão
Em decorrência do uso, Solange contou que o cigarro eletrônico a deixou viciada e com dificuldade para respirar.
“Comecei a comprar de vários sabores. Cheguei a ter um em cada uma das cinco bolsas que mais uso, dentro do carro, na gaveta da cozinha… E foi me dando dificuldade de respirar, problema nas cordas vocais.
[…] Minha filha me mostrou uma matéria sobre uma menina internada por uso do cigarro. Naquele dia decidi que não usaria”, disse ela em uma outra entrevista à Veja.
Ainda de acordo com a cantora, um exame aprofundado revelou que o cigarro eletrônico havia causado uma lesão em suas cordas vocais e em seu pulmão, além de crises de ansiedade, pânico e depressão devido ao vício.
No momento, a artista está sendo acompanhada por um fonoaudiólogo e realizando fonoterapia para melhorar o desempenho vocal.
Os perigos do cigarro eletrônico
Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como e-cigs ou vapes, são dispositivos eletrônicos projetados para entregar nicotina e, em alguns casos, outros compostos, de uma maneira que simula o ato de fumar.
Embora sejam frequentemente promovidos como uma alternativa mais segura aos cigarros tradicionais, eles não são isentos de riscos. Abaixo estão alguns dos perigos associados ao uso de cigarros eletrônicos:
- Nicotina: A nicotina é uma substância altamente viciante encontrada na maioria dos cigarros eletrônicos. Ela pode levar à dependência, e a exposição crônica à nicotina pode causar problemas de saúde, como aumento do risco de doenças cardíacas, hipertensão e distúrbios pulmonares.
- Lesões pulmonares: Em 2019 ocorreu um surto de lesões pulmonares agudas associadas ao uso de cigarros eletrônicos conhecido como EVALI (Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Produtos Eletrônicos). Embora a causa exata não seja clara, acredita-se que produtos adulterados com substâncias não regulamentadas desempenharam um papel nesses incidentes.
- Exposição a substâncias químicas tóxicas: Os líquidos para cigarros eletrônicos podem conter uma variedade de substâncias químicas tóxicas, incluindo produtos químicos usados para saborização, como o diacetil, que pode causar doenças pulmonares. Além disso, a exposição a partículas finas e compostos voláteis orgânicos pode prejudicar a saúde respiratória.
- Riscos para a juventude: Os cigarros eletrônicos têm sido muito populares entre os jovens, levando a uma preocupação significativa com a dependência de nicotina em uma idade precoce. Isso pode afetar o desenvolvimento do cérebro e aumentar o risco de vício em nicotina a longo prazo.
- Má qualidade e falta de regulamentação: A indústria de cigarros eletrônicos é relativamente nova e, em muitos lugares, não é adequadamente regulamentada. Isso pode levar à disponibilidade de produtos de qualidade duvidosa no mercado, que podem conter ingredientes não declarados ou perigosos.
- Risco de explosão: Alguns dispositivos de cigarro eletrônico têm baterias de íon-lítio que podem superaquecer e causar incêndios ou explosões se forem danificadas, manuseadas incorretamente ou carregadas de forma inadequada.
- Incerteza sobre a longo prazo: Dado que os cigarros eletrônicos são um fenômeno relativamente recente, ainda não há dados suficientes sobre os efeitos a longo prazo do uso. Portanto, os riscos potenciais para a saúde a longo prazo não são totalmente compreendidos.
Devido a esses perigos, muitos especialistas em saúde recomendam que as pessoas evitem o uso de cigarros eletrônicos, especialmente aqueles que nunca fumaram antes.
Se você está tentando parar de fumar, é aconselhável procurar métodos comprovados e seguros de cessação do tabagismo, com a ajuda de um profissional de saúde, em vez de recorrer aos cigarros eletrônicos como uma alternativa.
