A apresentadora Xuxa, de 60 anos, deu um show a parte na abertura do CCXP (Comic Con Experience) 2023 nesta quinta-feira (30), em São Paulo, ao receber uma homenagem pela sua contribuição para a construção e consolidação da cultura pop brasileira.
Em meio a brincadeiras e uma conversa franca, a eterna ‘rainha dos baixinhos’, se desculpou por traumas que pode ter causado nas crianças dos anos 1980 e 1990.
O mea culpa teve início quando uma série de vídeos com seus memes – entre eles, o famoso “senta lá, Claudia” – foram exibidos para a plateia. Envergonhada, Xuxa resolveu aproveitar o momento para se manifestar sobre o seu comportamento no passado.
“Eu não tinha filtro, eu era muito louca. Eu era despreparada, ninguém me disse o que eu poderia fazer ou não”, falou a apresentadora.
Ela própria, inclusive, lembrou de uma ocasião em que disse que uma menina mais gordinha que perdeu uma brincadeira havia “comido batata frita demais” e de quando pisou propositalmente no pé de um menino que estava com botinha ortopédica.
“Peço desculpas às crianças que cresceram com esses traumas”, completou. Ela então explicou que apesar de sempre ter defendido a causa das pessoas com deficiência, nem sempre sabia se manifestar da melhor maneira: “Eu falei muito errado e fui aprendendo”, disse Xuxa no CCXP.
Na sequência, sem citar o nome de sua ex-diretora e empresária Marlene Mattos, com quem rompeu há anos, Xuxa afirmou que na época em que apresentava os programas infantis e infantojuvenis muitas vezes não sabia o que estava ocorrendo ao seu redor.
Segundo falou, ela só ficou sabendo de muitas coisas durante a gravação da séria documental sobre sua vida que estreou esse ano no Globoplay. “Na realidade, eu tive a constatação de que eu era muito ingênua e em alguns momentos burra mesmo”, lamentou. “Sabe, de deixar a minha vida e a minha carreira na mão de alguém, né?”.
A ‘rainha dos baixinhos’ ainda completou:
“Até peço isso para todo mundo que esteja ouvindo, seja quem for, a gente realmente não pode largar a nossa felicidade, a nossa vida, na mão de alguém, seja de namorado, de um marido, do pai, da mãe. Eu pensava assim: ‘Eu sou artista, artista não pode ficar querendo saber de números, de tudo’. E deixava na mão das pessoas. Não é assim.”