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Catar deve ficar no negativo com gastos para a Copa

A expectativa de retorno dos bilhões gastos no Catar também deve ficar no negativo, assim como 12 Copas do Mundo, das últimas 14 edições

Por Thais Rodrigues

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Um estudo realizado na França pelos pesquisadores Martin Müller, David Gogishvili e Sven Daniel Wolfe, da Universidade de Lausane, chegou a conclusão de que das últimas 14 copas, 12 deram prejuízo ao país anfitrião.

Assim, a expectativa de retorno dos bilhões gastos no Catar também deve ficar no negativo.

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O estudo foi publicado em maio e usou os dados dos grandes enventos desde 1964, com Copas do Mundo e Jogos Olímpicos.

A Copa do México não chegou a ser considerada prejuízo pois os dados disponíveis estavam incompletos. Apesar disso, os economistas acreditam que também houve déficit.

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Segundo o estudo, a Copa do Mundo do Brasil foi uma das que tiveram menor prejuízo, que gira em torno de US$ 240 milhões.

A Copa da Rússia foi a única que deu lucro ao país, chegando a US$ 250 milhões. O estudo usou apenas gastos diretos, como construção de estádios, contratação de trabalhadores e segurança.

Já os gastos indiretos, como investimentos em infraestrutura e hotelaria, não foram considerados pois sua utilidade vai além do evento. Assim, apesar de terem sido feitos para o evento, servirão por muito tempo após o evento.

A pesquisa chegou a conclusão de que esses grandes eventos não tem sustentabilidade financeira. A média de déficit gira em torno de -3,8% em relação ao investimento realizado.

O custo alto desses mega eventos tem sido bastante estudados. Em 2021 foi publicado os realizados por Bent Flyvbjerg e em 2016 pelo economista Robert A. Baade.

Algumas pesquisas foram feitas anteriormente, mas eram em relação a casos individuais e os gastos diretos e indiretos não eram diferenciados.

Fifa leva a maior parte das receitas

Um dos motivos desse prejuízo é que a maior parte das receitas do evento fica para a Fifa, sendo eles os patrocínios e os direitos de transmissão à venda de ingressos.

Apesar de ter essas receitas, a entidade praticamente não coloca dinheiro no evento. Fica por sua conta apenas custos operacionais e, o restante, fica por conta do país-sede.

Os grandes prejuízos

Dentre as Copas analisadas, a de 2002, que aconteceu no Japão e na Coreia do Sul, foi a que teve o maior prejuízo. O governo gastou quase US$ 7 bilhões, considerando a organização e construção de estádios, e teve um retorno de US$ 2 bilhões apenas.

O mundial que aconteceu na África do Sul também teve um valor alto de prejuízo. Foram US$ 2,85 bilhões de déficit entre os gastos e o retorno do evento para o país anfitrião.

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