O Corinthians tem uma dívida de cerca de R$ 100 milhões em direitos de imagem. Na teoria, esse valor é pago pela exploração comercial de atleta, seja pelo nome, eventos, vendas de camisas e até autógrafo.
O direito de imagem é um valor pago adicional no salário, o que também se torna uma forma de pagar menos impostos.
Como funciona
Segundo a Lei Geral do Esporte, o jogador pode receber, no máximo, 40% do salário em imagem. Vale ressaltar que esse pagamento ocorre em pessoa jurídica.
Os atletas que tem direito de imagem recebem seus salários nas normas básicas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o restante é pago por meio de nota. Para isso é necessária a abertura de empresa própria ou de seus agentes.
A alíquota progressiva de impostos do salário vai até 27,5%, enquanto a dos direitos de imagem a taxa gira em torno de 14,53%. A partir dai a pessoa jurídica repassa os rendimentos com isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física.
O pagamento de direitos de imagem são realizados, geralmente, a cada dois meses. Em caso de passar esse prazo, o atleta tem direito de acionar a justiça e pedir a rescisão indireta do contrato.
Casos
O meia paraguaio Rojas alegou atraso, se recusou a treinar e tenta evitar abrir um processo contra o Corinthians. O clube negocia formas de pagar os R$ 8 milhões de dívida para rescindir o contrato amigavelmente.
Além dele, o Corinthians acumula débitos com jogadores que já saíram, como por exemplo Renato Augusto, Gil e Giuliano. O valor com os ex-atletas ultrapassa os R$ 60 milhões e parte da dívida já foi paga. Vale lembrar o valor total de débitos do clube para esses direitos é de cerca de R$ 100 mi.
No atual elenco, Cássio e Fágner também tem direitos à receber. Os jogadores descartam qualquer possibilidade de acionar a Justiça e aguardam pelo direcionamento do atual presidente.
Augusto Melo analisa junto ao departamento financeiro do clube a melhor forma de elaborar os novos contratos.
