O Corinthians foi derrotado pelo Botafogo na última quinta-feira, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Depois do jogo, o técnico Vanderlei Luxemburgo declarou que viu coisas positivas na equipe, mesmo com o resultado negativo.
“Perdemos um jogo de três, mas tivemos coisas positivas. O Wesley chegou, o Barletta mostrou que pode chegar, o Pedro chegou no jogo passado, o Felipe também está chegando… a gente vai fazendo as coisas acontecerem, é que as derrotas não ajudam muito.”, disse o técnico.
E completou sobre o revés. “A derrota muda bastante. Fico chateado, os jogadores também precisam estar chateados, mudar para o próximo jogo. Saber que algumas coisas boas e ruins aconteceram, mas é uma análise interna.”.
Questionado sobre a defesa corinthiana, o técnico defendeu o goleiro. “Quantas defesas o Cássio fez no jogo? Tomou três gols, mas quantas defesas ele fez? Não é questão da defesa. Temos que analisar o gol como saiu e da forma com que saiu, e vou analisar internamente. Quantas vezes o Cássio fez intervenções? Foram dez, doze vezes? Não.”.
Vanderlei ainda enfatizou a questão de bola parada.
“O 1° gol foi de escanteio. Estávamos jogando sólido e tomamos gol de bola parada. Não há esquema que dê jeito em bola parada. Quero analisar as coisas com calma e tranquilidade. Se fosse uma deficiência defensiva, o goleiro teria feito diversas defesas. Eles fizeram três gols por mérito, mas não foi uma avalanche ofensiva contra a defesa.”.
Próximos compromissos
Luxemburgo ainda falou sobre a sequência pesada de jogos. “É tudo que o jogador de futebol tem que querer. Eu tenho passado isso para eles. Você, quando vai fazer uma reportagem com o Pelé, Zico… não é tudo que você quer? O grande jogo é tudo o que o jogador tem que querer.”.
E completou. “Imagina você ter uma sequência pesada. Ela é boa porque temos a possibilidade de ganhar e se encontrar nessa sequência pesada. Se ele não tiver olhando para isso e tiver com medo da sequência, não tem que jogar no Corinthians. Tem que olhar como uma coisa diferente e bonita.”.
Ainda em entrevista, o técnico falou sobre virar a chave e pensar nos próximos compromissos. “Só nós mesmos [para virar a chave], e vamos conseguir. Estamos detectando as coisas que estão acontecendo, há coisas negativas e positivas. Temos que virar a chave, não tem como ser diferente. Ou viramos, ou então…”.
E completou. “Vamos virar com trabalho, equilíbrio, seriedade, não discutir as coisas externamente. Discutir externamente só traz confusão. É mostrar que estamos evoluindo, não tem outra maneira de ser. Ganhou o 1° jogo? Com certeza o 2° fica mais fácil de ganhar.”.
Torcida
Sobre a pressão dos torcedores, o técnico disse que precisam dar respostas. “A torcida está cobrando e temos que dar respostas, mas não quero que você me pressione e me faça colocar meus jogadores em risco. Hoje, o nome que eu falar aqui, toma porrada lá fora. Temos que entender que são seres humanos.”.
O técnico ainda ressaltou que entende a insatisfação do torcedor. “O torcedor está insatisfeito e tem toda razão para cobrar, mas não vou crucificar nenhum jogador para que ele não possa levar o filho na escola, não poder ir no supermercado, farmácia… Quando você coloca o nome da pessoa, você coloca o dedo direto nele.”.