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Rômulo, novo reforço do Palmeiras, quase abandonou carreira

Rômulo reprovou em testes e chegou a cogitar desistir da carreira, mas seguiu e embalou em uma ascensão meteórica

Por Thais Rodrigues

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O Palmeiras anunciou um reforço. O meia Rômulo, que atualmente está no Novorizontino, se prepara para defender o alviverde em breve.

Em entrevista exclusiva ao ge, o jogador falou se superações, como o problema na visão, miopia e astigmatismo, além da estrutura precária do seu primeiro time e das negativas dos quatro grandes de São Paulo em peneiras.

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Rômulo reprovou em testes e chegou a cogitar desistir da carreira, mas seguiu e embalou em uma ascensão meteórica.

Ascensão

O jogador mercou 11 gols e deu 9 assistências na temporada do ano passado, sagrando-se líder do Novorizontino em participações em gols. Com as boas atuações, Botafogo e Palmeiras fizeram propostas pelo jogador.

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A negociação acabou sendo fechada pelo clube paulista, que já anunciou oficialmente a ida do jogador após o Campeonato Paulista.

Na entrevista, Rômulo falou das negativas em peneiras, inclusiva a reprovação no próprio Palmeiras e outros clubes:

“Passei por vários clubes em avaliação desde criança. Eu sempre faltava uma semana da escola para fazer avaliação e não passava. Fui em vários clubes, como no São Paulo, Corinthians, Santos, Cruzeiro, até no Palmeiras, na Ferroviária, entre outros. Foram todos esses anos tentando até chegar na Matonense.”.

O jogador viveu uma sequência de frustrações a quase desistiu de ser jogador de futebol:

“Até cheguei a falar com o meu pai, porque era muito “não” que eu recebi. Cheguei a falar para ele que queria parar de jogar e de tentar. Meus pais e minha família sempre falaram: ‘não, vamos continuar. Corremos até aqui’. E continuei. Graças a Deus as coisas aconteceram.”.

Em 2018, quando estava para completar 17 anos, foi aprovado pelo Matonense, clube do interior de São Paulo, onde atuou no sub-17 e sub-20. No fim do ano, foi emprestado ao Athletico Paranaense, onde ficou três meses e voltou à Matão.

A falta de estrutura do clube foi o que mais pesou nesse início de carreira:

“A Matonense não tinha muita visibilidade. Quando joguei no sub-17, eu perdi todos os jogos. Não aguentava mais perder. Passei por dificuldades até chegar onde estou hoje. Cheguei a não ter comida no alojamento, ter que comer fora. Também tive que dormir no colchão no chão.”.

E seguiu: “Cada um tem sua história e sua dificuldade, acho que tiveram piores que a minha, mas consegui me manter firme no que eu queria. Cheguei no clube e falei para o meu pai que queria ir embora. Ele falou para continuar e tentar. Graças a Deus pude chegar onde estou hoje e realizar sonhos que estão virando realidade.”.

O jogador ainda falou sobre a ida para o Novorizontino:

“O clube não tem uma estrutura boa. Vivíamos do jeito que conseguíamos e a Matonense começou a não me pagar. Aí o treinador do sub-20 Novorizontino me mandou mensagem se eu queria ir para lá.”.

E seguiu: “Eu disse que tinha contrato com a Matonense e a partir de três meses que você não recebe, você consegue rescindir. Entrei com advogado, rescindi e vim para o Novorizontino em 2019. Comecei a atuar no sub-20 e a subir as categorias. Joguei Copa Paulista, Série D do Brasileiro. Sempre no profissional e descendo para jogar a base.”.

Lentes de contato

O jogador teve que se superar para ser jogador de futebol. Conhecido por ter muita visão de jogo e especialista em colocar os companheiros na cara do gol, Rômulo, quando criança, não conseguia enxergar o que estava diante dele na lousa da escola.

“Na escola mesmo, eu sentava na primeira carreira, do lado da lousa e não conseguia enxergar. Depois meus pais correram atrás disso para eu começar a usar óculos. Aí quando eu cheguei na Matonense, usava óculos, mas jogava sem a lente, porque eu não tinha.”.

E seguiu: “ Fui emprestado para o Athletico-PR e o clube viu que eu usava óculos e foi atrás para eu fazer os exames de vista para pegar a lente. O Athletico pagou tudo, me deu a lente e depois nunca mais parei de usar.”.

O jogador ainda completou: “Eu enxergava um pouco embaçado, mas conseguia jogar. Mas tinha que ser de dia. Se fosse à noite, não conseguiria. Só não saberia quem é meu companheiro, se ele estivesse longe. Só reconheceria meu parceiro se tivesse com uma chuteira verde.”.

Vale lembrar que o jogador tem 3,75 graus de miopia e astigmatismo em cada olho, o que dificulta enxergar de perto e de longe. As lentes de contato resolvem o problema para o jogador entrar em campo.

Seleção

O jogador ainda falou sobre o sonho de vestir a camisa amarelinha: “Sonho com seleção brasileira, mas depende só do jogador, mostrar o trabalho dele e tudo mais. Sonho em chegar em grandes clubes da Europa. Tenho sonho de dar uma vida financeira para mim e para minha esposa, para a família dela, para a minha família.”.

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