Bar Porkus afasta “funcionário são-paulino”

Segundo os proprietários, foi feito um acordo em comum acordo com o funcionário para preservar a integridade física do mesmo

Por Thais Rodrigues

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Depois do episódio da última segunda-feira (13), em que um funcionário do bar Porkus Club foi trabalhar vestindo uma camiseta do São Paulo, os responsáveis pelo local decidiram afastar o empregado.

Vale lembrar que o bar está localizado a 140 metros do Allianz Parque, na zona oeste de São Paulo, e é dedicado ao Palmeiras. Os proprietários alegaram que a decisão foi tomada pensando em preservar a “integridade física” do funcionário, pois ele tem recebido ameaças de torcedores palmeirenses.

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Isso aconteceu horas antes do jogo entre o São Paulo e o Água Santa, válido pelo Campeonato Paulista e realizado no Estádio do Palmeiras por conta do show que acontece no Estádio do Morumbi.

No dia do jogo, uma foto do funcionário são-paulino viralizou nas redes sociais e a torcida palmeirense fez protestos. O presidente da Mancha Verde, inclusive, pediu satisfação dos donos do local que está há cinco meses em funcionamento.

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Segundo os proprietários, “Muitas pessoas presentes no local foram tirar satisfação em tom agressivo e incitaram a violência contra o funcionário, que teve que se trancar no bar por horas para não ser agredido por pessoas que tentavam entrar no bar”.

Ainda segundo os proprietários, foi feito um acordo em comum acordo com o funcionário.

“Diante do ocorrido e lamentando muito a situação, os sócios do bar se reuniram com o empregado e, em comum acordo, considerando as ameaças que o funcionário recebeu (e está recebendo) […] visando a proteger a integridade física do funcionário, seria melhor mantê-lo afastado de suas atividades na região do bar por tempo indeterminado.”.

Ainda na segunda-feira, um dos donos do local chegou a afirmar ao UOL que cogitava demitir o funcionário, mas que antes disso teria uma conversa com o presidente da Mancha Verde. Com o afastamento do empregado, os empresários pensam em transferi-lo para outro negócio do grupo em que o bar faz parte.

Confira a explicação do Bar Porkus

“Sobre o acontecimento da última segunda-feira (13/03), a Porkus vem a público para prestar os seguintes esclarecimentos.

Inicialmente, ressaltamos que a decisão do estabelecimento sobre quais funcionários contratar não considera o time pelo qual a pessoa torce, tampouco seu gênero, raça, religião ou qualquer outro aspecto que possa acarretar qualquer tipo de discriminação.

Nós acreditamos que essa decisão deve ser pautada nas competências, valores e caráter da pessoa.

No dia 13/03, um de nossos funcionários saiu de sua casa e se dirigiu e chegou ao bar vestindo a camisa de clube rival do Palmeiras, onde iria trabalhar sem usar tal camisa, mas sim usando o seu uniforme de trabalho.

Quando chegou no estabelecimento e durante os preparativos para a abertura das operações do bar no dia, foi tirada uma foto sua usando a mencionada camisa do rival.

Após a foto ter sido publicada e “viralizada” (sem o consentimento do funcionário), muitas pessoas presentes no local foram tirar satisfação em tom agressivo e incitaram a violência contra o funcionário, que teve que se trancar no bar por horas para não ser agredido por pessoas que tentavam entrar no bar.

Diante do ocorrido e lamentando muito a situação, os sócios do bar se reuniram com o empregado e, em comum acordo, considerando as ameaças que o funcionário recebeu (e está recebendo)…

… tanto pessoalmente quanto em redes sociais, entenderam que, visando a proteger a integridade física do funcionário, seria melhor mantê-lo afastado de suas atividades na região do bar por tempo indeterminado.

Está sendo avaliada sua realocação para outros negócios dos sócios (não localizados na região do bar), dentre outras medidas que visem a preservar o funcionário.

Portanto, diferentemente do que foi comentado por muitas pessoas alheias ao episódio, não houve desejo por parte do bar ou qualquer decisão de demitir o funcionário pelo acontecimento.

Continuaremos a receber o público de braços abertos e com muito carinho, reforçando nosso repúdio quanto a qualquer tipo de violência e ato de discriminação, sem que isso afete nosso respeito, amor e devoção incondicional à Sociedade Esportiva Palmeiras e aos palmeirenses. Avanti Palestra!”

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