Esta quinta-feira, dia 22, ficou marcada pela reação do Brasil em relação à condenação do ex-jogador Daniel Alves pela acusação de estupro na Espanha.
Ele foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo tribunal de Barcelona, sendo considerado culpado de ter estuprado uma mulher no banheiro de uma boate da cidade no final de 2022.
A colunista Alicia Klein escreveu no portal UOL:
“Quero acreditar que a condenação de Daniel Alves possa servir também como freio. Um evento a ser considerado por todos os predadores, inclusive pelos que se julgam acima da lei”.
A mãe do jogador, Maria Lúcia Alves, reportou uma publicação da advogada do jogado, pelo Instagram: “Inocente, sim. Essa decisão não é a final”.
Os clubes brasileiros e os ex-companheiros do jogador ainda não se manifestaram a respeito da condenação.
A AFP consultou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Bahia, clube que revelou o atleta, mas eles falaram que não irão se pronunciar. O São Paulo, clube defendido entre 2019 e 2021 também não se manifestou.
Na Espanha
Esse é o segundo caso na justiça espanhola. Anteriormente, o ex-atacante Robinho foi condenado em janeiro de 2022 em última instância na Itália, por conta do estupro de uma jovem em Milão em 2013.
Vale lembrar que Robinho está livre no Brasil e aguarda a solução do pedido do governo italiano para que ele cumpra a pena no país, pois não extradita seus cidadãos.
O ex-jogador e comentarista Walter Casagrande falou sobre esse assunto no UOL:
“Daniel Alves e Robinho são os dois maiores exemplos da falta de estrutura para lidar com o sucesso, mas um crime desses vem da educação machista com a qual cresceram, como todos os homens brasileiros”.
E continuou: A condenação é “mais uma vergonha para o futebol brasileiro, que não para de tomar 7 x 1 dentro e fora do campo”.
Alguns questionamentos surgiram em torno do nome de Neymar. O pai do atleta foi questionado e admitiu ha algumas semanas, segundo a CNN Brasil, que teria dado um auxílio financeiro de 150 mil euros, equivalente a 800 mil reais para custear a defesa do ex-jogador Daniel Alves.
Justiça?
A deputada federal Maria do Rosário (PT), cocriadora do protocolo “Não é Não, falou para a ATP:
“Com justiça contra uma agressão se resguarda, se protege a vítima. Nesses casos tão públicos, se protege o conjunto das mulheres”.