Adolescentes foram filmados enquanto torturavam um filhote de jacaré em um estacionamento em Plant City, no estado da Flórida, Estados Unidos (EUA). A situação foi registrada por uma testemunha que estava no local e resolveu denunciá-los. (Assista abaixo)
Nas imagens, é possível ver que os jovens colocam uma lata de bebida alcoólica na boca do pequeno animal e o seguram para ingerir a bebida. O vídeo foi feito por Lexxus Thomas, que testemunhou a atividade ilegal.
Ela contou que estava em um encontro de caminhões quando percebeu o grupo de adolescentes bebendo nas proximidades. Segundo Lexxus, ela não conseguiu registrar parte das torturas, mas contou que viu os rapazes forçando o bebê jacaré a tomar bebida alcoólica e jogando-o de um lado para o outro.
“Eles estavam jogando por aí. Alimentando-o à força com Twisted Teas. Basicamente atormentando a coisinha”, disse Lexxus em entrevista ao site americano de notícias 10 Tampa Bay.
Em comunicado, a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida informou que conseguiu identificar os adolescentes e que pelo menos um deles será responsabilizado por manipulação ilegal do filhote de jacaré.
“Nosso oficial exibiu habilidades investigativas exemplares e rapidamente identificou os sujeitos envolvidos nesta atividade abusiva e ilegal. Estamos empenhados em preservar a diversidade da vida selvagem da Flórida e isso serve como um forte lembrete das consequências de tal comportamento”, diz parte da nota.
Recentemente, uma reportagem investigativa da BBC denunciou uma rede de sádicos que paga para filhotes de macacos serem torturados das mais diferentes e cruéis formas. O grupo internacional de incentivo à tortura funciona no Telegram com centenas de membros de diferentes países.
A matéria levou um ano a ser feita e foi publicada nesta segunda-feira (19). De acordo com a mídia britânica, a ideia de filmar os animais sendo torturados começou com um canal de YouTube, mas a rede social acabou por bloquear os vídeos, devido à sua violência e sadismo.
Segundo o relato, ao longo de vários meses, eles testemunharam “centenas de pessoas se reunirem para apresentar ideias extremas de tortura e contratar pessoas na Indonésia e em outros países asiáticos para executá-las”. Os vídeos eram feitos sob encomenda e neles os filhotes de macaco eram torturados, abusados e em alguns casos mortos.
Em entrevista, o agente especial Paul Wolpert, que lidera a investigação nos EUA, contou que sua equipe ficou “profundamente chocada” com os vídeos a que tiveram acesso e a natureza dos crimes.
“Não sei se alguém estaria pronto para lidar com isso”, disse ele para a BBC.