Um ataque a faca ocorrido em um parque de Annecy, cidade dos alpes da França, deixou seis pessoas – entre elas quatro crianças pequenas – feridas na manhã desta quinta-feira (8). O autor do crime, um homem de nacionalidade síria, foi preso.
Segundo o jornal francês ‘Le Monde’, as vítimas, com idades entre vinte e dois meses e três anos, foram surpreendidas pelo criminoso em um parquinho infantil nas proximidades do Lago Annecy. A reportagem descreve que o autor do ataque usava fones de ouvido e, segundo testemunhas, parecia calmo quando agrediu e esfaqueou as crianças e os adultos.
Após cometer o crime, o homem fugiu, mas foi perseguido e acabou preso ainda no parque. Durante a confusão, um policial efetuou um disparo de arma de fogo que acabou atingindo uma pessoa que estava no local.
Todas as vítimas foram encaminhadas para hospitais da região. O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o estado de saúde dos feridos pelo agressor é grave.
“Ataque de absoluta covardia nesta manhã em um parque em Annecy. Crianças e adultos estão entre a vida e a morte. A nação está em choque. Nossos pensamentos estão com eles, suas famílias e os serviços de emergência mobilizados”, escreveu Macron, no Twitter.
Attaque d’une lâcheté absolue ce matin dans un parc à Annecy. Des enfants et un adulte sont entre la vie et la mort. La Nation est sous le choc. Nos pensées les accompagnent ainsi que leurs familles et les secours mobilisés.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) June 8, 2023
Autor do ataque na França
De acordo com o promotor local, o autor do ataque no parque da França é “Abdalmasih H., nascido em 1991, sírio que tem status de refugiado na Suécia há dez anos” e pediu asilo na França. O crime não é tratado como terrorismo.
“Tal como está, não temos elementos que nos levem a crer que as motivações são terroristas ”, declarou o promotor de Haute-Savoie.
A primeira-ministra, Elisabeth Borne, destacou que o homem “não tem antecedentes criminais, não é conhecido de nenhum serviço de inteligência e nenhum histórico psiquiátrico foi identificado”.
Conforme a Autoridade Sueca de Migração, o agressor falhou repetidamente em obter a cidadania do país desde 2017. Ele era casado com uma sueca, com quem teve um filho há cerca de três anos.
A mulher afirmou à Agence France-Presse (AFP), que o ex-marido saiu da Suécia há oito meses. “Ele não conseguiu a cidadania sueca, então decidiu deixar o país. Nos separamos porque eu não queria sair da Suécia”, relatou.
Conforme um vídeo visto pelo Le Monde, ele carregava uma cruz cristã e no momento do ataque disse: “em nome de Jesus Cristo”.