Um bebê nasceu com uma cauda com cerca de 6 cm no estado de Nuevo León, no México. A rara anomalia da menina, que não teve a identidade revelada, foi registrada apenas 195 vezes no mundo e nenhuma em solo mexicano.
A criança nasceu de cesariana e, apesar de apresentar a condição rara, é saudável com todos os órgãos funcionando perfeitamente.
Os médicos que acompanharam o nascimento do bebê informaram que a cauda saia do final do cóccix e podia ser movida sem causar dor na criança, no entanto, não apresentava movimento voluntário. Ao detectá-lo, os médicos começaram a beliscar o membro com uma agulha e, ao fazê-lo, a menina chorou, confirmando assim uma conexão nervosa.
A cauda era “macia, coberta de pele e pelos finos”, além de ter uma ponta “pontuda”, explicou a equipe médica.
O caso foi relatado e analisado no ‘Journal of Pediatric Surgery Case Reports’. Segundo o estudo, a gravidez da mãe não apresentou complicações e não houve registro de exposição à radiação ou teratogênicos (agentes capazes de causar malformações congênitas).
Foi só quando ela saiu do útero de sua mãe que os médicos detectaram que a recém-nascida tinha uma estrutura em forma de cauda de 5,7 cm de comprimento e entre 3 e 5 mm de diâmetro.
Após a realização de vários exames que confirmaram que o bebê não possuía nenhum problema de saúde, ele ganhou alta para acompanhamento ambulatorial.
Bebê nasce com uma cauda e passa por cirurgia
Dois meses depois de seu nascimento, a criança foi reavaliada pela equipe e foi constatado que a cauda havia crescido 0,8 centímetros. A menina então foi submetida a uma cirurgia e teve o apêndice retirado de seu corpo.
Na sequência, o membro foi submetido a análises adicionais e constatou-se que a amostra continha tecidos moles, incluindo tecido fibrogorduroso, estruturas vasculares e feixes nervosos, cobertos por pele, sem anormalidades histopatológicas.
Ainda de acordo com o artigo do estudo de caso, existem dois tipos de caudas: as verdadeiras e pseudocaudas. As primeiras são descritas como aquelas que contêm tecido adiposo, conjuntivo e muscular, mas não contêm vértebras ou estruturas ósseas.
Já as pseudocaudas são estruturas que se assemelham a caudas verdadeiras, mas são uma manifestação superficial ou cutânea de anomalias estruturais subjacentes, como lipomas, teratomas, prolongamento anormal de vértebras, entre outros.
O caso do bebê do México foi determinado como uma cauda humana verdadeira.