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Enterro de iraniana morta pelo uso de véu é marcado por prisão de advogada

A adolescente de 16 anos morreu sob circunstâncias misteriosas, após um encontro com a polícia moral

Por Caroline Berticelli

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A defensora dos direitos humanos e advogada Nasrin Sotoudeh foi presa, neste domingo (29), durante o enterro da jovem iraniana Armita Garawand, de 16 anos, morta após ser abordada pela polícia moral no metrô de Teerã, capital do Irã, devido ao uso do véu. 

Segundo a agência de notícias Fars, Sotoudeh foi presa e acusada de “não usar hijab“, o tradicional véu islâmico, e de “perturbar a paz mental da comunidade”

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Reza Khandan, esposo de Sotoudeh, revelou à AFP, nesta segunda-feira (30), a brutalidade com que sua esposa foi tratada. Segundo o relato, a advogada Nasrin Sotoudeh foi retirada à força do local e “agredida violentamente“. 

Em 2011, ela foi condenada a 11 anos de reclusão e a uma proibição de 20 anos de prática jurídica, em resposta às suas “ações contra o regime iraniano”. Além disso, Sotoudeh já foi presa várias vezes devido ao seu ativismo. 

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Já em 2012, a advogada foi laureada com o Prêmio Sakharov, do Parlamento Europeu, pelo seu seu ativismo.

Vale lembrar que desde a Revolução Islâmica de 1979, o uso do véu é um requisito obrigatório para as mulheres no Irã.

Iraniana morta

Armita faleceu sob circunstâncias misteriosas, após um encontro com a polícia moral no metrô da capital iraniana. Sua morte cerebral confirmada no dia 22 de outubro, depois de ficar em coma desde o dia 1º, quando foi abordada por não estar usando o hijab de maneira adequada.

Segundo a Organização Hengaw iraniana-curda para os Direitos Humanos, a primeira a noticiar o caso da adolescente espancada pela polícia da moralidade no Irã, Armita estava  no hospital da Força Aérea “sob forte segurança” e a família foi impedida de vê-la durante a maior parte da internação.

Awyer Shekhi, funcionária da Hengaw, afirmou que a adolescente iraniana foi abordada pela polícia da moralidade quando o metrô se aproximava da estação de Shohada. Conforme o relato, eles pediram que ela ajustasse o hijab, mas “o pedido desencadeou atrito com as policiais, que agrediram fisicamente a jovem. Ela foi empurrada e caiu”.

As autoridades negam que a iraniana morta tenha sofrido agressões da polícia da moralidade e afirmam que ela sofreu uma queda de pressão.

“De acordo com os vídeos que foram analisados, [a jovem] perde o equilíbrio, provavelmente devido à queda de pressão, e cai logo na entrada do trem, metade do corpo dela dentro da composição e metade fora”, disse Masoud Dorosti, CEO da empresa responsável pelo metrô de Teerã.

Há pouco mais de um ano, a morte de Mahsa Amini sob a tutela da polícia da moralidade provocou uma onda de protestos no Irã. Assim como Armita, ela foi abordada devido ao uso do hijab.

As autoridades iranianas, como de costume, negaram que Mahsa tenha sido vítima da polícia da moralidade e afirmaram que a causa da morte foi um infarto e mais tarde mudaram a versão para uma doença cerebral.

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