Carregando...

Jogador do Irã é condenado à morte por defender mulheres

Amir Nasr-Azadani tem 26 anos e foi acusado de traição

Por Caroline Berticelli

- Anúncio -

Um jogador do Irã foi condenado à morte após aparecer em uma manifestação a favor das mulheres do país, que terminou com a morte de três policiais. Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, joga pelo time Iranjavan FC e é acusado de traição. A informação foi divulgada nesta terça-feira (13). 

O evento ocorreu no dia 25 de novembro e contestava a morte de Mahsa Amini. A jovem, de 22 anos, morreu sob custódia após ser detida pela polícia da moralidade porque não estava de acordo com rígido código de vestimenta feminino da República Islâmica.  

- Anúncio -

Segundo a imprensa internacional, Azadani foi preso dois dias depois da manifestação e além de ser apontado como traidor,  também é acusado de fazer parte de um “grupo armado e organizado que tem a intenção de atacar a República Islâmica do Irã”.

Além do jogador do Irã condenado à morte, outros oito acusados pelas mortes oficiais receberam a mesma pena. 

Destaques sobre *** por e-mail

Após a condenação de Azadani, várias personalidades do futebol árabe pediram a liberação do atleta, entre eles,  Ali Karimi, ex-jogador do Bayern de Munique e da seleção iraniana.

O FIFPro, organização representativa a nível mundial para jogadores profissionais de futebol, emitiu um nota na qual se disse “chocado” e exigiu a anulação da sentença. Veja:

Desde que Amini morreu, uma onda de protestos pelos direitos das mulheres tomou conta do Irã. A jovem iraniana foi presa apenas porque seu hijab, lenço típico islâmico que cobre a cabeça das mulheres, estava muito solto. 

De acordo com organizações de direitos humanos, ela foi espancada pela polícia e acabou não resistindo. Testemunhas afirmam que viram a jovem ser agredida com um cacetete na cabeça. 

O Irã nega, a princípio as autoridades informaram que a causa da morte foi um infarto e recentemente mudaram para uma doença cerebral. 

Além das penas de morte, os tribunais do país também condenaram 400 pessoas à prisão de até dez anos pela participação nos protestos. 

Segundo a ONG Iran Human Rights (IHR), com sede em Oslo, a repressão nos protestos causou a morte de pelo menos 458 pessoas, das quais 63 eram menores de idade. 

Na última quinta-feira (8), foi realizada a primeira execução relacionada às manifestações. Mohsen Shekari foi enforcado por ter bloqueado uma rua e ferido um integrante da força paramilitar.

“Mohsen Shekari, um desordeiro que bloqueou o boulevard Sattar Khan [em Teerã] em 25 de setembro e esfaqueou um homem do Basij com um facão, foi executado na manhã desta quinta-feira”, disse a agência do poder judicial, Mizan Online. 

De acordo com Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor da IHR, Shekari foi “condenado à morte em uma farsa judicial, sem o devido processo legal”. 

- Anúncio -

Últimas Notícias de Hoje

- Anúncio -

Notícias Relacionadas

Mulher morre após usar Ozempic para emagrecer na Austrália

Uma mulher de 56 anos morreu após usar os medicamentos Ozempic e Saxenda  com o objetivo de emagrecer antes do casamento de sua filha....

Tesouro romano é descoberto por mergulhador amador no mar de Sardenha

Um impressionante tesouro romano foi descoberto por um mergulhador no fundo mar Mediterrâneo na costa nordeste da Sardenha, na Itália. Trata-se de um rico...

Apresentador de rádio é assassinado em transmissão ao vivo nas Filipinas

O apresentador de rádio Juan Jumalon, de 57 anos, foi assassinado durante uma transmissão ao vivo nas Filipinas. Ele foi surpreendido pelo atirador enquanto...

Pedestre toma choque em lixeira de SP; imagens impressionantes

Um pedestre sofreu um choque elétrico ao encostar em uma lixeira na Rua das Flechas, Jardim Prudência, em São Paulo, na última segunda-feira (30)....
×
×
App O Trabalhador
Baixe o App Jornal Social
⭐⭐⭐⭐⭐ Google Play - Grátis