A morte de Luke Brooks, ocorrida em outubro do ano passado, na cidade de Oldham, no Reino Unido, foi a julgamento esta semana no país. Enquanto a mãe do rapaz, Patricia Brooks, afirma que ele morreu após contrair um fungo no pulmão devido ao mofo de uma casa alugada, a legista sênior do caso discorda.
Patricia afirmou no tribunal que o filho era saudável até a família se mudar para a residência em questão, no ano de 2014, data a partir da qual o rapaz começou a sofrer de resfriados regulares.
Segundo o relato da mãe, Luke estava desempregado e nos meses anteriores à sua morte tornou-se “recluso” e costumava passar a maior parte do tempo trancado no quarto que dividia com um amigo, jogando videogame, fumando maconha e bebendo.
O quarto do rapaz, no entanto, assim como o restante da casa, estava tomado por mofo e umidade, nas paredes, no teto e no chão. Foi então que em outubro de 2022, Luke apresentou sintomas de gripe, começou a sofrer de erupções cutâneas e morreu dias depois.
Durante o julgamento, testemunhas contaram que o quarto estava em um estado de “sujeira”, raramente era limpo e continha louça e comida sujas.
Um patologista disse na audiência que o Luke morreu de síndrome do desconforto respiratório agudo, causada por pneumonia por aspergillus. Entretanto, o especialista em fungos, professor Malcolm Richardson, explicou que o mofo preto visível em vários locais na propriedade era de um tipo diferente – penicillium, que não é um patógeno.
Já um cientista clínico consultor em micologia médica destacou que realizou testes na casa em abril de 2023, seis meses após a morte de Brooks, e encontrou “muito, muito pouca” evidência de aspergillus na casa, com apenas um esporo encontrado no quarto.
Ele ainda explicou ao tribunal que o aspergillus é comumente encontrado no ar, mas prospera em comida podre e poeira.
Finalmente, nesta quinta-feira (10), a legista sênior Joanne Kearsley declarou que “nem os estragos nem qualquer umidade causaram ou contribuíram para a morte de Luke”. Segundo ela, a morte do jovem ocorreu devido a uma pneumonia por aspergillus e que o aspergillus é um tipo de mofo. No entanto, não é possível determinar a origem do aspergillus.
“Luke residia predominantemente em seu quarto, que estava em condições insalubres. Ele também fumava cigarros de enrolar e usava maconha. Devido a esses fatores, não é possível determinar a origem do aspergillus”, completou Joanne.
