Um homem morreu durante uma viagem de cruzeiro para o Caribe e o caso acabou em processo após a vítima ser mantida em condições ‘degradantes’, segundo a família.
A viúva e a família de Robert Jones está pedindo uma indenização de um milhão de dólares, o equivalente a R$ 5 milhões, após o corpo do homem ser deixado em um freezer de bebidas por quase uma semana até que o navio atracasse novamente na Flórida, nos Estados Unidos (EUA).
Homem que morreu durante cruzeiro deveria ter sido deixado no necrotério do navio
De acordo com a agência de notícias Associated Press, em agosto do ano passado Robert e Marilyn Jones estavam entre os passageiros do navio Celebrity Equinox, que partiu de Fort Lauderdale, na Flórida, com destino a várias ilhas caribenhas. O navio tem capacidade para cerca de 3.000 passageiros e 1.200 tripulantes.
No entanto, Robert veio a falecer de um infarto repentino, e conforme dados do processo os funcionários do navio deram a viúva Marilyn duas opções:
- Desembarcar o corpo na próxima parada do navio, em Porto Rico
- Deixá-lo no necrotério do navio até o retorno a Fort Lauderdale, que levaria cerca de uma semana
Apesar das opções dadas, a equipe do navio enfatizou que caso a escolha fosse desembarcar o corpo em Porto Rico, a viúva teria que arcar com toda a burocracia do translado do corpo, o que podia ou não incluir o pedido de uma autópsia que atrasaria bastante o envio de Robert aos Estados Unidos.
Devido às circunstâncias apresentadas, Marilyn decidiu que deixar o corpo do marido no necrotério do navio era o mais correto a se fazer, já que as grandes embarcações costumam de fato ter esse espaço destinado a eventuais óbitos em alto mar.
De decisão tomada, a viúva só não esperava que o cadáver de Robert seria na verdade armazenado em uma geladeira de bebidas do navio – o que só foi descoberto quando o xerife local constatou que o necrotério da embarcação estava fora de uso.
Conforme as autoridades, o corpo do homem estava dentro de um saco em avançado estado de decomposição, além de inchado e verde, o que impossibilitou um velório digno à família.
No processo, a viúva alega que a Celebrity Cruises agiu de maneira insensível e causou um ‘trauma extremo’ em toda a família.
Procurada pela Associated Press, a empresa responsável não quis se manifestar sobre o ocorrido.
