Com a retomada do contágio de infectados na China, Xangai tem novo lockdown e paralisação pode travar toda a cadeia global de produtos. O país possui um dos maiores portos do mundo, que pode agravar a situação econômica e de inflação em vários países, incluindo o Brasil.
Não faz muito tempo que a cadeia de logística havia voltado ao normal e se regularizado. Com o novo surto de Covid na china, a previsão para que a normalidade retorne pode ficar prejudicada novamente.
Existem muitos suprimentos que dependem dessa cadeia de logística e produção e por isso, será normal que mercadorias e entregas fiquem atrasados. O que pode impactar muito da inflação em vários países nas próximas semanas. A pressão é enorme, mas o país precisou readotar o sistema de distanciamento.
Inviabilização de produção e deslocamento
Todo o processo de paralisação prejudica a produção e também o deslocamento de produtos em escala global. Portanto, os países e demais portos, terão que realizar algum estudo relacionado a logística para conseguir reabastecer alguns itens.
Além disso, já existe um estímulo fiscal em curso para ser implantado em alguns governos. O principal objetivo é minimizar a crise e também impulsionar as vendas, para que as mercadorias continuam sendo encomendadas, mesmo o frete ficando mais caro.
Entretanto, um contraponto a tudo isso é justamente uma ruptura entre oferta e demanda, já que há produto, há procura, ela só se descasa no trajeto. É possível notar que os preços de frete subiram já pelo aumento dos combustíveis e transporte e agora também pela paralisação na China.
Os preços do valor de contêiner estavam em queda nos últimos anos e depois que a situação da pandemia começou a melhorar. Contudo, os preços voltaram a se movimentar e agora os especialistas acreditam que a regularização só deve acontecer em 2023.
Lockdown em Xangai na China
Os economistas já prevê um movimento de cascata em todo o abastecimento global de produtos, principalmente pelo fato de o porto na China movimentar pelo menos 43 milhões de contêineres de produtos.
A pandemia e o distanciamento social acabam afastando trabalhadores de suas funções o que também prejudica a produtividade e a eficiência do setor. Além disso, com o acúmulo os navios vão ficando prejudicados na hora da navegação.
Segundo especialista da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Matheus Castro, várias empresas estão cancelando embarques. Quando tudo voltar ao normal, será preciso uma força tarefa para que toda a demanda volte e assim o equilíbrio de restabeleça.
Até o momento, tudo voltou a acontecer assim como no começo da pandemia, com preços elevados e logística desestruturada.Alguns profissionais acreditam que a logística deve levar pelo menos 4 meses para voltar ao normal.
Que é comum que um congestionamento cause danos e prazos irregularidades. Essa é a consequência de depender de apenas um país para um setor globalizado. Além disso, parte das condições difíceis começaram assim que o conflito entre Rússia e Ucrânia começou. Portanto, é provável que esse equilíbrio só retorne no próximo ano.
