Uma dupla conhecida como ‘Glades Boys’ capturou a maior píton birmanesa já registrada na Flórida, Estados Unidos (EUA), na última segunda-feira (10). O animal de 5,7 metros, cerca de 56 kg e idade estimada em 20 anos foi encontrado na Reserva Nacional Big Cypress, localizada ao sul do estado.
De acordo com o relato de Jake Waleri e Stephen Gauta, que contaram com a ajuda de Ian Easterling, a píton gigante deu trabalho e tentou atacar os três.
“A cobra ficou absolutamente louca. Ela estava tentando me envolver. Tentou estrangular a mim e a meus amigos”, contou Jake à emissora afiliada da CBS.
O tamanho da píton foi uma surpresa até mesmo para os pesquisadores. Ela foi morta e será estudada para entender a população e comportamento da espécie na região. “Tínhamos a sensação de que essas cobras atingem esse tamanho, mas agora temos provas claras”, disse o biólogo Ian Easterling.
A píton birmanesa é uma espécie invasora da região e se adaptou muito bem ao clima da Flórida. Elas estão ligadas, por exemplo, a declínios severos nas populações de mamíferos em Everglades como guaxinins, gambás e linces. Sua caça é autorizada e até mesmo recompensada com dinheiro em alguns lugares.
Em novembro de 2022, um jacaré foi retirado inteiro de dentro do estômago de uma píton birmanesa por uma equipe de cientistas na Flórida. As imagens chocantes foram compartilhadas no Instagram e viralizaram nas redes sociais.
No vídeo, é possível ver quando a píton gigante de 5,4 metros é dissecada e os estudiosos se deparam com o jacaré de 1,5 metro intacto.
Nas imagens, a cobra aparece com uma volumosa protuberância, os cientistas então cortam a pele do animal e acessam a cabeça do jacaré. Na sequência, eles fazem um corte no estômago e puxam o réptil morto de dentro da píton.
Na ocasião, a pesquisadora Rosie Moore falou sobre os impactos negativos da espécie invasora.
“COMO MUITOS OUTROS INVASORES DA FLÓRIDA, ESTA ESPÉCIE ENCONTROU SEU CAMINHO AQUI ATRAVÉS DO COMÉRCIO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO. EVENTOS DE LIBERAÇÃO EM LARGA ESCALA DESSES GRANDES CONSTRITORES LEVARAM A POPULAÇÕES SELVAGENS DE REPRODUÇÃO E RESULTARAM EM UMA SÉRIE DE CONSEQUÊNCIAS ECOLÓGICAS NEGATIVAS”, DISSE ROSIE AO ‘UNILAD’.