O número de mortos pelo terremoto que atingiu a Indonésia, nesta segunda-feira (21), subiu para 268 nesta terça-feira (22). De acordo com o governo local, centenas de pessoas permanecem desaparecidas, mais de mil ficaram feridas e 7.060 moradores precisaram abandonar suas casas.
Segundo Henri Alfiandi, diretor da Agência Nacional de Resgate e Buscas do país, a maioria das vítimas fatais identificadas até o momento são crianças. Elas estavam em escolas que desabaram quando os tremores atingiram Java, por volta das 13h do horário local.
O terremoto na Indonésia foi de magnitude 5,6 na escala Richter, o que não é considerado incomum no país que registra tremores de forma recorrente, muitas vezes, de magnitude 6 e 7. No entanto, os estragos foram agravados porque o abalo atingiu a terra em uma profundidade mais rasa do que o normal, apenas 10 km abaixo do solo.
Além disso, a região de montanhas e a falta de estrutura na cidade mais afetada – Cianjur – também ajudaram a acentuar o cenário desesperador. Autoridades do país confirmaram que muitas pessoas morreram após prédios mal construídos desabarem.
“O tremor de magnitude 5,6, que aconteceu a uma profundidade de 10 km, foi fortemente sentido na área metropolitana de Jacarta, que tem centenas de prédios comerciais. Os arranha-céus da capital balançaram por mais de três minutos, e alguns foram evacuados”, contou o chefe de administração de Cianjur, Herman Suherman, ao canal Metro TV.
Cianjur fica na província de Java Ocidental, a principal ilha do país, e está a cerca de 75 quilômetros da capital Jacarta.
O país asiático está localizado no chamado ‘Círculo de Fogo do Pacífico’ ou ‘Anel de fogo do Pacífico’, uma zona sísmica altamente ativa onde várias placas da crosta terrestre se encontram e onde também existem cinturões de vulcões ativos. Por isso, a região é frequentemente atingida por terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas.
Em fevereiro deste ano, por exemplo, 25 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas quando um terremoto atingiu a província de Sumatra Ocidental. A maior tragédia, no entanto, ainda é a ocorrida em 2004, quando um terremoto e um tsunami mataram quase 230 mil pessoas, a maioria delas na Indonésia, em dez países da região.