As taxas para visitar o Parque Nacional de Jericoacoara vão ficar mais caras após o local ser concedido à iniciativa privada em um leilão em que foi arrematado pelo Consórcio Dunas por R$ 61 milhões.
A partir desta mudança, os turistas que forem até lá deverão pagar pela taxa municipal de turismo e um ingresso para visitar uma das regiões mais paradisíacas do país, assim como já acontece em Foz do Iguaçu e Fernando de Noronha.
Neste primeiro ano de concessão, o contrato permite que a concessionária do parque cobre o valor de até R$ 50 no ingresso dos turistas, sendo eles também os responsáveis pela cobrança da taxa municipal do local, que atualmente é de R$ 41,50 – com direito à permanência por 10 dias.
Taxas para visitar Jericoacoara somam pelo menos R$ 91,50
Com a mudança, os turistas devem pagar pelo menos R$ 91,50 para visitarem Jericoacoara, sendo o valor a soma do ingresso e da taxa de turismo do município.
Apesar do primeiro ano de concessão prever o valor de até R$ 50, os demais anos podem contar com reajustes, sendo:
- 1º ano de concessão: R$ 50 reais
- 2º ano de concessão: R$ 70 reais
- 3º ano de concessão: R$ 90 reais
- 4º ano de concessão: R$ 110 reais
- 5º ano de concessão em diante: a partir de R$ 120 reais, com reajustes anuais tendo em vista a inflação
Ainda conforme o contrato, estão isentos do pagamento dos ingressos crianças até seis anos, guias de turismo e pesquisadores em atividade ambiental, pessoas inscritas do CadÚnico, além de claro, moradores de Camocim, Cruz e Jijoca de Jericoacoara, municípios que fazem parte do Parque Nacional de Jericoacoara.
Qualquer outro serviço prestado dentro do parque pode ser cobrado à parte pela concessionária.
Leilão
O leilão do Parque Nacional de Jericoacoara à iniciativa privada foi feito no dia 26 de janeiro, e o valor de R$ 61 milhões equivale somente à quantia que o consórcio deve pagar ao governo pelo direito de administrar o parque.
Ao todo, a previsão é que a concessão dure 30 anos, e neste tempo a concessionária deve investir cerca de R$ 116 milhões em infraestrutura, além da aplicação de R$ 990 milhões em operação e gestão.
Dessa maneira, o investimento deve impactar toda a infraestrutura no parque, incluindo a criação de vias de transporte internas para reduzir o impacto ambiental, a construção de banheiros, centros de visitantes e postos de segurança.