Uma aluna da UFPI (Universidade Federal do Piauí) morreu após participar de uma calourada em um prédio do campus localizado no bairro Ininga, Zona Leste de Teresina, na noite da última sexta-feira (27). Janaína da Silva Bezerra, 22 anos, era estudante de jornalismo.
A jovem chegou a ser levada para um hospital na manhã de sábado (28), mas, conforme a polícia, já estava morta quando chegou no local. Ela apresentava diversas lesões no rosto e em outras partes do corpo.
Aluna da UFPI foi vítima de estupro
Um laudo preliminar do Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresina apontou que a aluna da UFPI foi estuprada e sua morte foi causada por um trauma raquimedular por ação contundente, ou seja, o pescoço de Janaína foi quebrado, o que provocou uma lesão na sua medula espinhal e o falecimento.
Segundo o órgão, a lesão pode ter sido causada “por pancada, torcendo a coluna vertebral ou traumatizando, ação das mãos no pescoço com intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas junto às investigações do caso”.
As investigações apontaram que o abuso sexual aconteceu em uma sala de aula, onde foram encontrados uma mesa, um colchão e vestígios de sangue.
Suspeito pela morte de Janaína
De acordo com o delegado Francisco Costa, responsável pelo caso, outro estudante da UFPI foi preso em flagrante como suspeito pelo crime. O jovem identificado como Thiago Mayson da Silva Barbosa, de 29 anos, alega que Janaína passou mal durante uma relação sexual consensual.
“Um vigilante da instituição avistou o rapaz saindo da sala, com a moça nos braços. O vigilante viu as roupas do rapaz sujas de sangue, disse ‘ei, o que tá acontecendo aí?’ e o rapaz disse ‘minha amiga passou mal, tô levando pro hospital’. O vigilante então deteve ele, chamou reforço e, de carro, foi com os dois até o hospital”, explicou Costa.
Em depoimento, o aluno de mestrado em matemática da UFPI declarou que ele e Janaína já haviam ficado em outra ocasiões e que no dia da festa resolveram ir para a sala de aula para praticar o ato sexual.
A prisão em flagrante de Thiago foi convertida em preventiva depois que a juíza Haydée Lima de Castelo Branco acatou um pedido do Ministério Público. Para a magistrada existem fortes indícios de que a aluna da UFPI foi assassinada.
“A vítima passou as últimas horas de vida com o custodiado, chegou ao Hospital do Bairro Primavera sem vida e com suspeita de violência, apresentando lesões no rosto e nos olhos e sangue nas partes íntimas […] Há provas suficientes da materialidade e, ainda, fortes indícios da autoria do fato”, escreveu a juíza.
Em nota, a UFPI lamentou o ocorrido e informou que a festa da calourada ocorreu sem autorização da universidade.