A criança e os dois adolescentes que morreram após sofrerem uma descarga elétrica em Ceilândia, no Distrito Federal, foram velados e sepultados na tarde deste domingo (11). Karina Madureira da Silva, 17 anos, Kelvin Michel Madureira de Andrade, de 14, e Sophia Emanuelly Batista Madureira, de 5, faleceram na última sexta-feira (9).
A cerimônia foi marcada por grande comoção e indignação por parte de amigos e familiares das vítimas. Em entrevista ao jornal ‘Correio Braziliense’, Rafael Madureira, de 42, irmão de Kelvin, afirmou que a família irá lutar por Justiça e pretende processar a Neoenergia, responsável pela distribuição de energia elétrica em Brasília.
Criança e adolescentes morrem por descarga elétrica
A tragédia ocorreu por volta das 21h, de sexta, quando um cabo de alta tensão rompeu durante um temporal. A criança e os adolescentes que andavam pela rua acabaram atingidos pelo fio e sofreram uma descarga elétrica. Os três eram da mesma família e seguiam em direção a casa da avó quando tudo aconteceu.
O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas quando chegou no local, as duas meninas já estavam mortas. Já Kelvin chegou a passar por uma manobra de reanimação cardiopulmonar (RCP), mas após 50 minutos de tentativa, foi declarado morto.
Um eletricista que vive nas proximidades fez um relato comovente sobre como tentou salvar o menino adolescente. Segundo contou, ele usou um pedaço de madeira para afastar Kelvin do cabo de alta tensão e conseguiu arrastá-lo para longe dos fios até a chegada dos socorristas.
Segundo moradores da região onde a criança e os adolescentes morreram eletrocutados, há cerca de seis meses, a troca do cabo que causou a tragédia foi solicitada à Neoenergia porque ele estava soltando faíscas.
No entanto, testemunhas afirmam que apesar de ter enviado funcionários para verificarem o problema, a empresa apenas realizou um reparo no cabo ao invés de realizar a substituição do fio velho por um novo.
Em nota, a Neoenergia Brasília informou que lamenta o ocorrido e está prestando solidariedade e apoio às famílias das vítimas.
Damares Alves (Republicanos), ex-ministra de Bolsonaro, e eleita senadora pelo Distrito Federal, usou as redes sociais para cobrar uma resposta da empresa. “Que tudo seja esclarecido e que fatos como este não aconteçam mais em nosso DF. Segurei acompanhando a apuração!”, escreveu.