Um ganhador da Mega-Sena foi assassinado em São Paulo. Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, era procurado pela família desde a manhã de terça-feira (13), quando desapareceu após sair de casa para praticar caminhada em Hortolândia, no interior do estado.
Jonas foi encontrado com vida às margens do Km 104 da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), nesta quarta-feira (14). Com ferimentos causados por um espancamento, ele chegou a ser encaminhado para um hospital, mas não resistiu e morreu na instituição de saúde.
No atestado de óbito, a causa da morte foi apontada como traumatismo cranioencefálico.
A vítima ganhou R$ 47,1 milhões na Mega-Sena, em uma aposta única feita em uma lotérica no Jardim Nova Europa, em Campinas, em setembro de 2020.
De acordo com a Polícia Civil, durante o período em que esteve desaparecido, os criminosos realizaram inúmeras tentativas de saque na conta de Jonas, uma delas, inclusive, de R$ 3 milhões.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo informou que, por meio de transferências bancárias e Pix, os bandidos conseguiram retirar da conta do milionário cerca de R$ 20 mil e que o cartão de débito também foi levado.
Até o momento, ninguém foi preso. A polícia da cidade trabalha, em conjunto com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, para descobrir quantas pessoas estão envolvidas no assassinato do ganhador da Mega-Sena em São Paulo.
Conforme a delegada Martha Rocha de Castro, do Deic, outra informação a ser apurada é se os criminosos sabiam que Jonas era ganhador do prêmio milionário.
Com mais um ganhador da Mega-Sena sendo assassinado, voltaram a circular pela internet as teorias de que a grande quantidade de dinheiro vem acompanhada de uma maldição. Isso porque vários deles tiveram um fim trágico.
Entre os casos mais conhecidos está o do lavrador e vendedor de doces Renné Senna. Ele foi morto a tiros em janeiro de 2007, apenas dois anos após ganhar R$ 52 milhões na Mega-Sena.
Renné havia amputado as duas pernas devido a complicações causadas pela diabete e, em 2006, começou a namorar Adriana de Almeida, 25 anos mais jovem do que ele. Esse seria o seu erro.
A mulher e outras cinco pessoas acabaram acusadas pelo crime. Ela foi apontada como mandante e condenada a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado.
Outro caso estarrecedor foi o de Fábio Leão Barros, que ganhou 28 milhões em julho de 2006. Seu próprio pai encomendou a sua morte porque não queria devolver o dinheiro que havia sido depositado em sua conta.
Fábio só sobreviveu porque os dois matadores de aluguel foram parados em uma blitz, quando seguiam para executar o assassinato em 2010. Na ocasião, os homens armados acabaram confessando à polícia para onde estavam indo e que iriam matar o filho a mando do pai.