Um morador de Muçum, no Rio Grande do Sul, morreu afogado quando tentava salvar um cachorro da enchente que atingiu a região. Segundo familiares, Evandro Bertoldi, de 68 anos, era apaixonado por cães e perdeu a vida entre o fim de segunda (4) e o início da terça-feira (5).
“Fiquei sabendo por populares que ele estava na casa do vizinho, casa de dois pisos, e viu um cachorrinho, se afogando, passando na esquina. Como ele gosta de animais, foi tentar socorrer o cachorro e não voltou”, contou o filho ao G1.
Muçum é a cidade que registrou o maior número de mortes causadas pelas enchentes – provocadas pelas fortes chuvas que castigam o estado – devido a passagem de um ciclone extratropical no estado.
Até às 18h desta sexta-feira, o Rio Grande do Sul já havia contabilizado a morte de 41 pessoas, enquanto outras 46 pessoas são consideradas desaparecidas, 223 sofreram ferimentos e 3.130 foram resgatadas.
O número de municípios afetados é de 87. Nos quais, 3.193 pessoas estão desabrigadas e 8.256 desalojadas. Estima-se que o número total de afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul seja de 147.341.
A história do homem que morreu afogado quando tentava salvar o cachorro da enchente é uma entre os vários dramas vividos pela população do Rio Grande do Sul desde o último domingo (3).
Entre as vítimas fatais estão um casal de agricultores que foi encontrado morto dentro do próprio carro após o veículo ter sido arrastado por uma enxurrada em Ibiraiaras, na Região Norte do Rio Grande do Sul (RS).
Um homem que morreu eletrocutado em Passo Fundo, uma pessoa que se afogou quando tentava atravessar uma área alagada em Mato Castelhano e um motorista que morreu ao ter o carro atingido por uma árvore em São Lourenço do Oeste.
Além de uma mulher que estava sendo içada para um helicóptero, junto com um policial militar, quando o cabo de aço rompeu. Os dois caíram de aproximadamente 20 metros de altura sobre o rio Taquari.