Regiane da Silva Oliveira, a jovem desaparecida em Planaltina, no Distrito Federal (DF), foi mantida como refém por Sérgio Alves da Silva, de 42 anos, por mais de 12 horas antes de ser morta. Nesse período, a estudante de 21 anos foi estuprada por mais de uma vez e precisou andar até o local de sua execução.
Regiane sumiu quando voltava para casa de bicicleta, no bairro Nossa Senhora de Fátima, após sair da escola na noite de 17 de abril, por volta das 20h. Seu corpo foi encontrado seminu e parcialmente enterrado na manhã da última quinta-feira (27), um dia depois do assassino ser preso.
De acordo com a Polícia Civil do DF, em depoimento, Sérgio afirmou que sua intenção inicial era apenas roubar a bicicleta da vítima, que vendeu por R$ 30. No entanto, após abordar Regiane e ameaçá-la com uma faca, resolveu cometer o abuso sexual. A polícia, entretanto, não acredita nessa versão.
“A princípio, segundo as nossas provas, sabemos que ele a abordou aleatoriamente com a intenção de estuprá-la. Os vestígios encontrados na área, como o tufo de cabelo e a pulseira, indicam que a jovem tentou fugir, momento em que ele cortou o cabelo dela com a faca”, explicaram os delegados delegados Thiago Oliveira e Marcelo Gaia.
Sérgio obrigou Regiane a andar com ele até um ponto próximo a ponte sobre o Rio São Bartolomeu, onde a estuprou e passou o restante da noite com ela. Em coletiva de imprensa, o delegado Thiago Oliveira, afirmou que a vítima pensou que seria liberada se obedecesse o agressor.
“Outras imagens que tivemos acesso mostram ela caminhando ao lado dele. Ela o acompanhou durante toda a madrugada acreditando que seria solta posteriormente. Uma imagem mostra ele na bicicleta e ela no varão”, afirmou o delegado Thiago.
Porém, com medo de ser denunciado, Sérgio resolveu matar Regiane e a forçou a andar até um lugar de difícil acesso, a cerca de 6 Km distância, no meio da mata. Local em que cometeu um novo estupro e o homicídio com golpes de faca.
Ainda conforme o delegado, o criminoso estava preso por outro estupro, mas recebeu o beneficio do ‘saídão’ no início de abril e não retornou para a prisão. Ele era considerado foragido da Justiça.
Jovem desaparecida em Planaltina
O desaparecimento da jovem em Planaltina foi registrado por seus familiares no dia 18 de abril. No boletim de ocorrência, eles informaram que desde que a estudante deixou do colégio não atendeu mais nenhuma ligação e nem respondeu mensagens.
Durante a investigação, a polícia descobriu, ao analisar imagens de câmeras de segurança, que Sérgio passou pelo mesmo local apontado pelo GPS do celular de Regiane na noite de 17 de abril. Na sequência, foram encontradas imagens que flagraram o momento em que o criminoso sequestra a estudante e a leva para o matagal.
Antes do corpo da jovem desaparecida em Planaltina ser encontrado, os investigadores já haviam localizado alguns de seus pertences, entre eles, a bicicleta que a estudante usava quando sumiu. O veículo estava com um homem, que afirmou tê-la comprado de outra pessoa. Ele foi autuado por receptação e liberado.
Natural da Bahia, a vítima havia se mudado para o Distrito Federal há pouco mais de seis meses e resolveu retomar os estudos pelo programa Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Prisão de Sérgio Alves da Silva
Sérgio foi preso na tarde de quarta-feira, no distrito de São Gabriel, em Planaltina, Goiás, depois que uma pessoa acionou a polícia por ter sido assaltada por ele. Na ocasião, ele tentou roubar um carro para fugir, mas conseguiu levar apenas o celular da vítima.
Ele foi encontrado pouco tempo depois, pela Guarda Municipal, em um matagal e tentou cortar o próprio pescoço ao perceber que seria pego. Somente durante a revista pessoal e levantamento de dados é que os guardas descobriram que o suspeito pelo assalto também era procurado pelo desaparecimento de Regiane da Silva Oliveira.
Depois de preso, no entanto, indicou a localização do corpo.
