Um jovem em surto psicótico acabou morto pela polícia após esfaquear um vizinho e fazer a mãe e avó de reféns no bairro da Vila Albertina, região da Freguesia do Ó, na zona norte de São Paulo, durante a noite desta quinta-feira (2).
De acordo com a polícia, o rapaz de 21 anos – identificado como Carlos – sofria de transtornos mentais e estava conversando com amigos na parte externa do condomínio quando sacou uma faca e um spray de pimenta.
Durante a confusão, ele conseguiu esfaquear um dos vizinhos na cabeça e na região das costelas, enquanto outro conseguiu fugir após ser atingido pelo gás de pimenta. Na sequência, ele correu para o apartamento onde vivia com as familiares.
A Polícia Militar (PM) foi chamada por outros moradores do edifício. Quando os agentes chegaram no local, por volta das 20h30, e bateram na porta do apartamento, ela foi aberta pelo próprio Carlos.
À Polícia Civil, os agentes relataram que o rapaz segurava um escudo e uma faca. “Ele gritava bastante e, transtornado, tentou a todo momento desferir golpes de faca na guarnição”, diz um trecho do relato.
O jovem em surto psicótico, no entanto, não se rendeu e ainda feriu um policial militar com uma facada. Ele então conseguiu se trancar novamente no imóvel e fez a mãe e a avó de reféns, ameaçando-as de morte.
O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da PM, foi acionado para dar apoio na negociação para que as reféns fossem liberadas. Durante a ação, Carlos chegou a jogar um facão na direção dos policiais que estavam na parte de baixo do prédio.
A polícia resolveu invadir o local após perceber que os reféns não estavam mais respondendo. Foi nesse momento que Carlos partiu para cima da própria mãe e os agentes usaram balas de borracha e armas de choque para tentar controlá-lo.
No entanto, o rapaz ainda conseguiu se trancar em um quarto com a avó. Logo, os policiais invadiram o cômodo e efetuaram disparos de arma de fogo contra o suspeito.
“[Os PMs] conseguiram resgatar Alessandra e Maria, sendo que esta acabou sofrendo um golpe de faca em uma das pernas e um disparo de arma de fogo, bem como Carlos também foi alvejado por disparos de arma de fogo, realizados por integrantes do Gate”, diz outro trecho do relatório.
Carlos chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Os disparos atingiram seu peito, pescoço e barriga.
Na mesma unidade de saúde, sua avó permanece internada em observação. Já os vizinhos feridos e o policial esfaqueado foram atendidos, medicados e liberados.
O caso é investigado pelo Departamento Estadual de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).