A jovem Ana Júlia Araújo, de 22 anos, sequestrada em Luís Correia, no litoral do Piauí, foi encontrada morta na zona rural de Cajueiro da Praia, na mesma região do estado, na manhã do último sábado (15).
O cadáver da vítima estava em estado avançado de decomposição em uma estrada vicinal, que interliga a rodovia PI-301 à comunidade Salgado. A causa da morte só poderá ser confirmada após o exame cadavérico, que será realizado pelo Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com a Polícia Civil, Ana Júlia tinha um relacionamento amoroso com um integrante de uma facção criminosa que atua em Luís Correia e foi levada por rivais do grupo na segunda-feira (10).
“A princípio ela foi sequestrada pela facção rival. O intuito de fazer o sequestro dela é pra que ela desse informação do paradeiro da pessoa que ela está se relacionando”, explicou o delegado Matheus Zanatta, dois dias após o rapto.
No dia que a jovem foi sequestrada, quatro criminosos invadiram a residência da vítima no povoado Brejinho, em Luís Correia, litoral do Piauí, e a levaram. Francisco das Chagas, pai de Ana Júlia, chamou a polícia e informou que os bandidos estavam armados e usavam coletes balísticos e roupas pretas.
Francisco foi agredido com chutes, socos e coronhadas quando tentava proteger a filha. Ele informou à polícia que conseguiu ver que Ana Júlia foi colocada dentro do porta-malas de um veículo quando foi levada.
Em junho deste ano, uma técnica de enfermagem foi encontrada morta dentro de uma fossa desativada em Maceió, Alagoas. A ossada foi localizada na sexta-feira (2) e a identidade de Maria José Feijo da Silva, de 46 anos, foi confirmada no sábado (3). Ela estava desaparecida há três meses.
Ela desapareceu no dia 13 de março, após sair de casa, no bairro Jacintinho, para fazer compras e não retornar.
A princípio, seus familiares chegaram a atribuir o sumiço a algum problema de ordem neurológica, que poderia tê-la impedido de voltar para a casa. A hipótese foi levantada porque ela fazia tratamento para depressão, desenvolvida durante a pandemia de Covid-19, e tomava remédios controlados.
O caso é investigado pela Delegacia Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Nesta segunda-feira (5), o delegado Arthur César afirmou que já existe uma linha de investigação e que os suspeitos pelo crime de homicídio contra Maria José são três irmãos, que já estão presos por matar e sequestrar outras três pessoas em Maceió.