Uma menina de 11 anos contou ter sido estuprada em troca de R$ 40 após vomitar restos de alimentos misturados a uma secreção branca semelhante a sêmen no Hospital da Criança de Uberaba, no Triângulo Mineiro (MG). A médica responsável pelo atendimento da criança chamou a Polícia Militar (PM) na noite de domingo (6).
De acordo com a profissional de saúde, a vítima revelou ter sido abusada sexualmente cerca de duas horas de dar entrada na unidade de saúde.
A médica ainda relatou que, no hospital, a mesma secreção branca semelhante a sêmen também foi encontrada na calcinha e na vagina da menina. Ela também ressaltou que o órgão genial da criança apresentava vermelhidão.
Na sequência, a vítima foi transferida para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), onde uma equipe ginecológica avaliou a menina e constatou que ela não teve o hímen rompido, mas confirmou a vermelhidão e inchaço em suas partes íntimas.
No Hospital de Clínicas também foi colhido o material genético encontrado na criança.
O boletim de ocorrência, registrado pela PM, aponta que a menina admitiu ter sido estuprada em troca de R$ 40, no entanto, não quis contar o nome do responsável pelo crime.
À polícia, a bisavó da criança contou que no dia em que a menina foi abusada, a idosa recebeu a visita de um filho e de um sobrinho, ambos acompanhados das esposas, e que todos foram juntos até uma sorveteria.
O caso é investigado pela Polícia Civil e acompanhado pelo Conselho Tutelar.
A lei brasileira considera estupro de vulnerável qualquer ato libidinoso praticando contra menores de 14 anos, com ou sem consentimento, e independente do fato de ter ocorrido ou não conjunção carnal. Pessoas que não possuem o discernimento necessário para a prática do ato também são consideradas vulneráveis.
Ainda conforme os relatos, o avô manipulava as netas dizendo que tudo não “passava de uma brincadeira” e as orientava para que não contassem para ninguém sobre os abusos.