Uma menina de 12 anos que estava desaparecida, desde a última segunda-feira (5), foi encontrada em companhia de um homem desconhecido em Ourinhos, São Paulo, a mais de 300 quilômetros de casa.
A menor de idade sumiu depois de informar que iria visitar uma prima nas proximidades da residência do pai em Salto, no interior de São Paulo. Na ocasião, o homem acompanhou a filha até a esquina, aguardou ela chegar quase em frente à casa da familiar e foi embora.
Conforme a mãe da menina, antes de desaparecer definitivamente, ela mandou uma mensagem para um tio e avisou que havia deixado um “presente” embaixo do travesseiro. No local, os familiares encontraram um bilhete misterioso de despedida.
Ainda na noite de segunda, câmeras de segurança registram a garota andando sozinha em uma calçada, enquanto segurava uma mochila nas mãos.
O caso começou a ser desvendado depois que uma testemunha informou à polícia que viu a menina entrando em um carro com placa de Ourinhos. Ao mesmo tempo, a mãe soube através da escola da filha que ela estava trocando mensagens com um homem pelo aplicativo WhatsApp e que chegou a ser seguida em junho.
Com essas informações, os investigadores de Salto entraram em contato com a polícia de Ourinhos e solicitaram uma operação de buscas pelo veículo descrito.
No momento em que foi localizada, a menina estava junto com o homem dentro do carro em questão. Os dois foram levados à delegacia e o suspeito foi preso sequestro, cárcere e estupro.
A polícia confirmou que ele confessou ter abusado da menina e que a mantinha escondida em um apartamento no bairro Jardim Paineiras. Já a vítima passou por um exame de corpo delito que deve ficar pronto em um mês.
Celulares e computadores encontrados no apartamento onde a garota estava foram apreendidos e irão passar por perícia.
O caso corre sob segredo de Justiça na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Ourinhos.
Mãe conta que menina estava viciada em celular
A mulher relatou ao programa Balanço Geral, da RecordTV, que a filha nunca havia fugido de casa, mas confirmou que nos últimos tempos ela realmente estava “viciada” no celular. Por isso, ela acredita que o suspeito pode ter manipulado a garota e convencido ela a escapar com ele.
Ainda segundo o relato da mãe, os problemas começaram depois que a menina ganhou o aparelho smartphone aos 10 anos de idade. Na época, o padrasto já havia flagrado conversas de cunho amoroso entre a menina e pessoas que ele acredita serem adultos.
No entanto, quando a família tentou conversar com ela, a garota se revoltou e forçou até conseguir ir morar com os avós, que não sabem ler e escrever. O que provavelmente facilitou as conversas entre ela e o pedófilo.