Uma motorista de app foi sequestrada, estuprada e levada como refém por 300 km até provocar o capotamento do próprio veículo na BR-080, em Barro Alto, na região central de Goiás. A jovem de 23 anos só sobreviveu porque se fingiu de morta após o acidente. Três suspeitos do crime morreram em confronto com a polícia.
De acordo com o relato da vítima, ela foi chamada para atender uma corrida solicitada por uma mulher, por volta da 0h de segunda-feira (24), em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. No entanto, quando chegou no local indicado, foi surpreendida e rendida pelos três criminosos.
Os bandidos então roubaram o carro e assumiram a direção, mas não liberaram a jovem e a levaram como refém no banco traseiro do automóvel. Ela contou que eles seguiam em direção ao estado de Tocantins, mas erraram o caminho e acabaram em Hidrolândia, onde pararam e os três estupraram a motorista de app.
Na sequência, eles continuaram o caminho sentido Anápolis, em Goiás, e chegaram a parar para comer em um posto de combustível, usando dinheiro roubado da vítima.
Motorista de app sequestrada capota carro e se finge de morta
Depois continuaram viagem e seguiam para Goianésia quando a motorista de app sequestrada percebeu que os dois criminosos que estavam na frente do veículo não usavam cinto de segurança. Ela então colocou o cinto, porque também não estava usando, e em um momento de distração dos bandidos virou o volante do carro.
Com a manobra, o automóvel capotou e caiu em uma ribanceira, por volta das 9h da manhã. Assim que o veículo parou, a mulher se fingiu de morta, enquanto os homens saíam do carro. Antes de fugirem, eles ainda bateram no rosto da vítima e puxaram seus cabelos para se certificarem de que ela não estava viva.
Depois de algum tempo, ela rastejou para fora do carro, pois estava com um dos pés quebrados, e conseguiu pedir socorro.
A motorista de aplicativo também contou que durante todo o tempo em que ficou sequestrada, os bandidos foram muito violentos e estavam armados. Para o delegado responsável pelo caso, Marco Antônio, é quase certo que ela seria assassinada.
A jovem também ressaltou que durante o tempo em que foi mantida refém, o carro passou por três barreiras policiais e dois pedágios, mas ninguém parou o veículo.
Conforme a Polícia Civil, os bandidos foram localizados pela Polícia Militar, por volta das 13h, em uma região de mata e reagiram à abordagem. Todos foram baleados e chegaram a ser levados para hospital, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. Eles foram reconhecidos pela vítima.
A Polícia Civil apontou que o celular usado para pedir a corrida foi roubado. O caso continua em investigação para identificar se mais pessoas participaram do crime.