Um policial da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA) foi morto durante patrulhamento na Vila Zilda, em Guarujá, no litoral de São Paulo, na noite de quinta-feira (27). Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi baleado próximo ao tórax. Um segundo policial foi atingido por um disparo de arma de fogo na mão.
De acordo com a Polícia Militar, os policiais da Rota foram atacados por criminosos nas proximidades de um túnel, por volta das 22h. Os dois feridos foram socorridos com vida e encaminhados ao pronto-socorro da Unidade de Pronto Atendimento Rodoviária, mas Reis não resistiu e faleceu no hospital.
Pelas redes sociais, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que uma grande operação está em andamento para localizar e prender os responsáveis pela morte do policial da Rota no Guarujá.
“Iniciamos na noite de ontem a Operação Escudo, para capturar os criminosos que atiraram contra dois policiais de Rota no Guarujá. Infelizmente, um deles morreu. Não vamos descansar enquanto não acharmos os responsáveis por esse crime”, escreveu o secretário.
O policial da Rota morto no Guarujá era casado, tinha uma filha de três anos e praticava jiu-jitsu. Na quarta-feira (26), ele havia recebido a faixa azul. A academia onde Patrick treinava usou as redes sociais para lamentar o assassinato.
“Nesta manhã recebemos a notícia de que nosso aluno e grande amigo Patrick Reis tinha sido baleado em serviço. Como ele era um dos caras mais fortes e duros, achamos que ele ia chegar contando que mesmo baleado tinha conseguido prender o bandido”, diz um trecho da publicação.
No início deste mês, o policial militar aposentado Ricardo Boide, 52 anos, foi sequestrado e morto por bandidos que invadiram sua residência em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
De acordo com o boletim de ocorrência, quando o tenente reformado chegou em casa foi surpreendido por seis criminosos armados e encapuzados, que já haviam rendido sua esposa, a filha e o neto de 7 anos.
Na sequência, os familiares foram levados para um quarto. Já Ricardo foi mantido na sala e agredido com coronhadas, socos, chutes e choques, enquanto a quadrilha vasculhava o imóvel.
Ainda no local, os assaltantes realizaram transações bancárias, por pix, e também utilizaram uma máquina de cartão levada por eles para roubar dinheiro da conta do PM mantido como refém. Toda a ação durou aproximadamente 3h.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a esposa do policial morto em Itapecerica da Serra afirmou que os bandidos já sabiam que a vítima era da PM e, inclusive, “teriam feito videochamada dentro da residência com outro criminoso, que emanava ordens de dentro de um presídio”.