O sargento Pedro Ramalho Lacerda, de 62 anos, foi roubado, sequestrado, torturado e teve o coração arrancado por bandidos em Alta Floresta, no Mato Grosso (MG), na noite de quarta-feira (21). O corpo do policial aposentado foi encontrado por volta do meio-dia desta quinta-feira (21).
Três suspeitos pelo crime, de 24, 25 e 33 anos, morreram em confronto com a polícia nesta quinta.
De acordo com o tenente-coronel Benedito Sérgio Pinheiro Ferreira, comandante do 9º Comando Regional de Alta Floresta, o sargento Lacerda foi sequestrado após ser surpreendido pelos criminosos quando fechava o comércio do qual era proprietário, um bar, na comunidade Pista do Cabeça.
Depois de renderem a vítima, eles roubaram dinheiro, uma arma de fogo e pertences de valor que estava no local.
Na sequência, os bandidos colocaram o policial de reserva em sua própria caminhonete Hilux e o levaram para uma região de mata, onde ele foi torturado e morto com requintes de crueldade.
“A princípio foram aproximadamente três ou quatro disparos na cabeça e teve essa lesão grave no coração, em que arrancaram o coração do sargento. Além de vários hematomas pelo corpo todo”, disse o comandante ao MidiaNew.
Ainda conforme Ferreira, o trio de assassinos “não teve dó” do sargento Lacerda e “foram bem bárbaros”.
Segundo a Polícia Militar, por volta das 23h de quarta-feira, a corporação foi acionada para atender a ocorrência de roubo e sequestro na vila onde fica o bar da vítima, a cerca de 60 km da cidade.
Enquanto seguiam para o local pela rodovia MT-325, os policiais se depararam com a caminhonete Hilux roubada e iniciaram uma perseguição. Durante a fuga, os criminosos bateram o veículo e fugiram a pé para a mata.
As equipes cercaram o local durante toda a noite e na manhã desta quinta entraram na mata. Momento em que dois homens trocaram tiros com os agentes e acabaram feridos. O terceiro suspeito foi encontrado e baleado em uma residência nas proximidades, depois que a PM foi informada de que ele havia invadido o local armado.
Os três homens foram levados para um hospital, mas não resistiram aos ferimentos. Todos eles possuíam passagens por tráfico de drogas, furto, corrupção de menores e associação criminosa.
O tenente-coronel ressaltou que a intenção era prender os suspeitos, mas eles não quiseram se entregar e iniciaram o confronto. “Quem escolhe o confronto não é a Polícia Militar, quem escolhe os confrontos são os marginais. Se eles não tivessem reagido, estariam vivos e presos”, declarou.
O sargento Lacerda entrou na Polícia Militar em 1981 e estava aposentado há dez anos. Em nota, a corporação lamentou a morte violenta da vítima.