As vítimas do soterramento na obra de construção de um supermercado no bairro Belvedere, no Centro-Sul de Belo Horizonte (BH), Minas Gerais, serão sepultadas nesta quarta-feira (18) na capital mineira. O acidente de trabalho ocorreu na manhã de terça-feira (17).
As vítimas do soterramento em Belvedere foram identificadas como:
- Juliana Angélica Menezes Veloso, de 30 anos;
- Rafael Pereira Barbosa, de 34 anos;
- Roberto Mauro Silva, de 57 anos;
- Zacarias Evangelista Fonseca, de 58 anos.
Os três homens morreram no local, enquanto Juliana chegou a ser socorrida com vida e levada de helicóptero para um hospital, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia.
Rafael, Roberto e Zacarias trabalhavam como operários, enquanto ela era a engenheira responsável pela obra.
Um dia antes do acidente, Juliana publicou nas redes sociais uma fotografia tirada no local, junto um com um hino evangélico. E, em uma das últimas postagens feitas, falou sobre seu amor pela profissão.
Soterramento em Belvedere
De acordo com o Corpo de Bombeiros, um talude com cerca de 3 metros, espécie de barranco feito para a obra, apresentava rachaduras, que os trabalhadores tentavam conter quando ocorreu o desabamento.
A corporação ainda destacou que além do grande volume de terra, havia uma grande quantidade de minério de ferro no local, o que dificultou ainda mais o resgate de vítimas.
Ao todo, cinco pessoas foram atingidas, mas uma das vítimas, um rapaz de 23 anos, conseguiu sair e apresentou uma fratura no fêmur. Ele permanece internado no Hospital Odilon Behrens, também em Belo Horizonte, e não corre risco de morte.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, a obra está em situação legal, com todos os documentos em dia e autorizações necessárias, e no momento do acidente todos os trabalhadores usavam Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Em nota, o supermercado Verdemar, lamentou o soterramento em Belvedere e a morte do trabalhadores soterrados. Veja o comunicado na íntegra:
“Lamentamos profundamente o ocorrido e estamos acompanhando de perto para garantir, juntamente com a Construtora Kaeng, responsável pela obra, toda a assistência às vítimas, aos atendimentos em andamento no local e aos familiares de todos.
A obra contava com profissionais técnicos e com todos os alvarás e licenças, indicando se tratar de uma fatalidade. As autoridades estão no local para apurar as causas.”
