A Polícia Civil investiga o caso de dois turistas chilenos espancados no Rio de Janeiro durante o último final de semana. Ronald Tejeda Sobarzo, de 29 anos, morreu no hospital nesta quarta-feira (17) e Andres Orellana Ruiz, também de 29, permanece internado.
A dupla havia desembarcado no Rio para passar as férias na sexta-feira (12). A principal suspeita é que os dois tenham sido vítimas do golpe conhecido como ‘Boa noite, Cinderela’. Eles foram drogados, agredidos e roubados.
De acordo com as informações já apuradas, na noite do sábado (13), Ronald e Andres estavam na Lapa. Já no domingo (14), por volta das 10h, eles foram encontrados desacordados em uma vala no Mirante do Rato Molhado, na Rua Francisca de Andrade, em Santa Teresa.
Segundo o Corpo de Bombeiros, que realizou o socorro, os turistas chilenos espancados no Rio estavam com marcas de agressões no rosto e teriam caído de uma altura aproximada de três metros. Ronald já estava em estado grave quando deu entrada no hospital.
Nesta quarta (17), mesmo dia em que seu amigo morreu, Andreas foi transferido de um hospital público para uma instituição de saúde particular. Ele usou seu perfil em uma rede social para falar sobre seu estado de saúde e lamentar o falecimento de Ronald. No entanto, não falou sobre a dinâmica do crime.
“Para vocês que estão perguntando como estou, prometo enviar uma mensagem mais tarde. Estou de mudança para outro hospital para realizar outros exames. Neste momento, estou estável e será uma longa recuperação aqui no Brasil. Para todos que conviveram com o Ronald, vivam cada dia como se fosse o último”, escreveu.
À imprensa do Chile, Marta Tejeda, irmã de Ronald, afirmou que os turistas chilenos foram drogados e brutalmente espancados no Rio.
“O Andrés, seu amigo, conta que colocaram algo no copo e depois perderam a consciência. A primeira informação que tivemos foi que eles foram agredidos e que meu irmão levou uma pancada na cabeça, enquanto o amigo teve o pulmão perfurado”, disse Marta.
Ela ainda ressaltou que a família espera entender melhor o que aconteceu, já que eles teriam desaparecido quando pegaram um carro de aplicativo na Lapa e seguiam em direção a Copacabana.
“Tenho certeza que deviam estar dopados. Ele [Ronald] não era de beber muito, muito menos em outro país. Nossos pais falaram para ele se cuidar, que ele estava em outro país, eu disse a ele a mesma coisa”, completou Marta.
O caso é investigado pela Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat).
Em janeiro deste ano, um turista alemão que estava desaparecido foi encontrado morto no mar de Copacabana, no Rio de Janeiro. O corpo do comissário de bordo Thomas Klak, de 28 anos, foi reconhecido por dois amigos que vieram ao Brasil.