O tutor do bull terrier que atacou o cãozinho Fox em São José dos Campos, São Paulo, teve a prisão temporária decretada pela Justiça nesta sexta-feira (27). O homem de 43 anos é considerado foragido. O cachorro da raça Spitz-alemão morreu na última quarta-feira (25).
No documento, a juíza responsável pela decisão, pontuou que “os elementos informativos convencem de que o investigado é pessoa agressiva, que usa o próprio cão (eventualmente também vítima de maus-tratos) como instrumento do crime”.
A magistrada ainda completou:
“O cãozinho Fox foi atacado nos limites da própria residência pelo cão do investigado, que estava sem focinheira, conduta que, segundos informes, era corriqueira. Há relatos de fatos semelhantes pretéritos envolvendo o investigado, de que ele está intimidando as tutoras do cão e outras testemunhas e de que está se esquivando da polícia”.
Cãozinho Fox é atacado e morre dias depois
Segundo a tutora do cão Fox, Sofia Albuquerque, ele brincava com os outros dois cachorros de estimação da família, no quintal de casa, quando colocou o focinho entre uma das frestas das grades e foi atacado pelo bull terrier de um vizinho.
Inicialmente, ele permaneceu internado por dez dias em uma clínica local, mas devido à gravidade de seu estado, foi transferido para uma unidade especializada da capital paulista.
- A complicação da perda do focinho trouxe para o cão Fox desafios respiratórios que, infelizmente, se intensificaram ao longo de sua estadia hospitalar.
- O caso de agressão, que ocorreu na Rua Professor José Antônio Coutinho Condino, Jardim América, viralizou nas redes e gerou ampla comoção.
- Sofia confirmou a morte de Fox pelas redes sociais, profundamente abalada, prestou sua última homenagem ao pet: “Eu fiz tudo que eu pude. Eu te amo e vou te honrar. #LutoPeloFox”, compartilhou Sofia no Instagram, relembrando os momentos de luta pela recuperação do pet.
- O caso é investigado pela Polícia Civil, que busca esclarecer as responsabilidades do tutor do animal autor do ataque.
- O homem pode responder por crueldade contra animais devido ao ataque contra Fox, mas também é investigado por coação no curso do processo, pois testemunhas do caso denunciaram que sofreram ameaças do tutor do bull terrier.
- A Polícia Civil também identificou que ele já foi multado em R$ 400 por andar com o animal de estimação sem focinheira pelas ruas da cidade.
- Sofia criou uma página no Instagram para contar a história de Fox e lutar por uma lei que responsabilize os tutores de animais por ataques violentos.