Na última quinta-feira (6), o duelo entre Gimnasia La Plata e Boca Juniors foi marcado por um incidente. A partida seria válida pela 23ª rodada do Campeonato Argentino, no Estádio Juan Carmelo Zerillo.
Aos 8 minutos de jogo, uma onde de gás lacrimogêneo invadiu o estádio e interrompeu a partida. Jogadores, comissão técnica e torcedores tiveram mal-estar. As pessoas começaram a proteger as vistas e ficaram com olhos vermelhos pelo efeito do gás. A partida foi suspensa por conta da confusão causada.
O jornal “Olé!”, divulgou que o gás foi usado para conter um confronto do lado de fora do estádio, mas invadiu as dependências do estádio. Polícia e torcedores se enfrentaram das ruas. Também houve disparo de balas de borracha.
Os organizadores da partida pediram para os torcedores descerem para o campo, enquanto se tentava normalizar a situação. Ainda não há previsão sobre a continuação do jogo em outra data.
Equipes no campeonato
O Boca Juniors é o segundo colocado no campeonato, com 42 pontos e o Gimnasia tem 37 pontos e está em sexto.
Aprevide se pronunciou
Segundo a Agência de Prevenção de Violência no Esporte da Argentina (Aprevide), um suposto motivo que culminou na grande confusão seria uma superlotação do local. A Aprevide defendeu o uso do gás lacrimogênio e das balas de borracha para conter o tumulto do lado externo.
“O estádio do Gimnasia estava 100% cheio e ainda havia cerca de 10 mil pessoas do lado de fora. A partida transcorria normalmente até os 9 minutos. Estamos investigando se venderam ingressos a mais” — afirmou Eduardo Aparicio, que é o titular da Aprevide, em entrevista cedida à TyC Sports.
Ainda segundo a agência, oito pessoas tiveram ferimentos leves e foram registrados casos de intoxicação, luxações, feridas no couro cabeludo, traumatismo por bala de borracha e ferimentos por pedrada.
Além disso, confirmaram a morte de um torcedor, por parada cardiorrespiratória. César Regueiro, de 57 anos, torcedor do Gimnasia, não resistiu, apesar das tentativas de ressuscitação.
Presidente do Gimnasia se defende
Com as acusações de superlotação ganhando manchetes e até mesmo ser fala do Ministro de Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, o presidente do clube, Gabriel Pellegrino contestou e criticou a atuação da polícia.
“Nosso estádio está habilitado para receber tantas pessoas. Tínhamos a possibilidade de vender 3500 (ingressos) e terminamos vendendo 3.254. É mentira que houve sobrevenda. A responsabilidade é das forças de segurança” — disse Pellegrino.
O jornal “Olé!” divulgou imagens que mostram policiais lançando gás lacrimogêneo debaixo das arquibancadas do estádio.