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Casal iraniano dança em público e é condenado a dez anos de prisão

Os dois foram acusados de "incentivarem a corrupção e a prostituição pública"

Por Caroline Berticelli

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Um casal iraniano foi condenado a dez anos e meio de prisão por ter compartilhado um vídeo em que dançavam em público em frente à Torre Azadi, um conhecido monumento de Teerã, capital do país. A decisão foi confirmada por ativistas nesta terça-feira (31). Segundo eles, o governo interpretou o ato como uma provocação. 

Os influenciadores digitais Amir Mohammad Ahmadi e sua namorada Astiyazh Haghighi, ambos com cerca de 20 anos, publicaram a gravação em 2022 e estão presos desde 1° de novembro. 

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No vídeo, Astiyazh desobedece a lei do país que proíbe as mulheres de dançarem em público e não usa o hijab, lenço para cobrir sua cabeça, conforme o código de vestimenta imposto às mulheres na República Islâmica. 

As imagens que mostram o casal iraniano dançando romanticamente logo viralizaram e foram usadas como símbolo da luta pela liberdade contra as rígidas leis morais do Irã. Astiyazh é levantada no ar pelo namorado e seus cabelos ficam soltos ao vento

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Veja o vídeo do casal iraniano dançando:

De acordo com a ONG Human Rights Activists News Agency (HRANA), com sede em Washington, Amir e Astiyazh foram condenados por “incentivarem a corrupção e a prostituição pública” e por “se reunirem com a intenção de perturbar a segurança nacional”.

Além da condenação de dez anos e seis meses de detenção para cada um, o governo do Irã determinou que após deixarem a prisão, os dois não poderão mais ter acesso à internet e nem deixar o país por dois anos. 

A ONG ainda ressaltou que o casal não teve direito a um advogado durante o julgamento e  também lhes foi negada a possibilidade de serem soltos sob fiança. 

Em dezembro de 2022, um jogador do Irã foi condenado à morte após aparecer em uma manifestação a favor das mulheres do país. Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, jogava pelo time Iranjavan FC e foi acusado de traição. 

Desde setembro de 2022, o Irã enfrenta sua maior onda de protestos contra as rígidas leis impostas às mulheres. As manifestações começaram depois que Mahsa Amini, de 22 anos, morreu sob custódia após ser detida pela polícia da moralidade porque, segundo os guardas, seu hijab estava muito solto. 

Conforme a ONG iraniana Iran Human Rights, com sede em Oslo, desde a morte de Mahsa pelo menos  488 iranianos foram mortos por repressão policial, mais de 18 mil manifestantes foram presos e, até o momento, quatro já foram executados. 

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