Uma quadrilha que castrava homens para vender os vídeos das mutilações no site ‘Criador de Eunucos‘ e comercializar os membros foi descoberta no Reino Unido. Nove suspeitos de participarem das ações compareceram a tribunais da Inglaterra e do País de Gales na última quarta-feira (22).
Diz-se que o grupo fazia parte de uma sociedade na qual as pessoas se submetem voluntariamente a modificações corporais extremas. A prática está ligada a uma subcultura em que os homens se tornam ‘nulos’, abreviação de anulação genital, ao terem seu pênis e testículos removidos.
De acordo com a polícia britânica, Marius Gustavson, de 45 anos, e os cúmplices teriam realizado modificações corporais extremas – que incluíam a remoção de seus pênis e testículos – entre si e em outras pessoas.
Gustavson, que é originalmente da Noruega, é apontado como líder do grupo e proprietário do site ‘Criador de Eunucos’, onde as imagens eram disponibilizadas para assinantes. Ele é ainda acusado de produzir e distribuir pornografia infantil.
De acordo com a investigação, foram registrados pelo menos 29 crimes envolvendo modificações corporais extremas, remoção e comércio de partes do corpo e upload de vídeos ilícitos.
A Scotland Yard estima que entre 2016 e 2022, a quadrilha que castrava homens tenha faturado mais 200 mil libras esterlinas (cerca de R$ 1,3 milhão) com a venda dos vídeos pelo site ‘Criador de Eunucos‘.
O próprio Gustavson realizou várias mutilações em seu corpo. Ele chegou no tribunal de cadeira de rodas devido a amputação de uma perna. Além disso, o norueguês também retirou o pênis e os mamilos.
Segundo o jornal local ‘Metro’, nenhum dos acusados contestou as acusações.
Gustavson e outros dois homens foram mantidos sob custódia até a próxima audiência, que será realizada em 19 de abril.
No dia 14 de março, uma mulher que fez acusações falsas de estupro e tráfico sexual foi condenada a oito anos de prisão, nesta terça-feira (14), na Inglaterra. Eleanor Williams, de 22 anos, foi considerada culpada, por unanimidade, por perverter o curso da Justiça.
A inglesa declarou ter sido estuprada por uma quadrilha asiática, entre outras afirmações falsas contra uma série de outros homens, que resultaram na prisão de um inocente. Ele chegou a ficar preso por 73 dias.