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Funcionária de call center morre e colegas trabalham ao lado do cadáver

A empresa não permitiu que os colaboradores interrompessem o serviço; a vítima ficou por quase três horas no chão do local

Por Caroline Berticelli

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Funcionários de um call center foram obrigados a trabalhar ao lado do cadáver  de uma colega por mais de duas horas em Madri, na Espanha. O caso ocorreu no dia 13 de junho e veio à tona depois que três sindicatos denunciaram a situação. 

Imaculada, de 57 anos, morreu após sofrer um infarto, por volta das 12h30, enquanto trabalhava como telefonista para a empresa Grupo Konecta BTO, em uma campanha para a companhia elétrica Iberdrola. 

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De acordo com a rede de televisão espanhola ‘Telemundo’, funcionários da central de atendimento em questão são orientados a levantar a mão quando precisam de ajuda de seus supervisores, normalmente, para esclarecerem dúvidas técnicas e relacionadas ao atendimento. 

Colegas de trabalho relataram que Imaculada chegou a levantar uma das mãos, mas logo desabou e só não caiu no chão porque outra funcionária conseguiu segurá-la na cadeira. Eles ainda tentaram reanimar a vítima, chamada carinhosamente como Inma, mas não tiveram sucesso. 

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Foi então que, de acordo com a confederação que representa os trabalhadores do setor do telemarketing na Espanha, os responsáveis pela empresa informaram que os colaboradores deveriam continuar trabalhando e recebendo chamadas para não interromper o serviço

Ao todo, os funcionários do call center trabalharam por duas horas e quarenta minutos com o cadáver da colega no chão. “Ela está deitada no chão e estamos atendendo ligações”, denunciou um funcionário, segundo o site de notícias El Español.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) divulgou que a justificativa dada pela Konecta BTO é de que eles “prestam um serviço essencial”.

No entanto, o argumento não convenceu os colaboradores que ficaram revoltados com a falta de consideração com a vítima que trabalhou por mais de 15 anos na empresa, assim como com o restante dos prestadores de serviço. 

“E a vida? Existe algo mais essencial que a vida?”, questionaram os colegas, segundo o sindicato.

Em nota, a CGT manifestou repúdio aos responsáveis ​​da Konecta e declarou que “faltou humanidade, empatia e respeito em abundância”. 

O escritório onde o episódio ocorreu tem cerca de 70 mesas de atendimento ao cliente e os funcionários precisam trabalhar em um ritmo frenético para atender a demanda exigida

Conforme os colaboradores, os intervalos de cinco minutos a cada hora de trabalho são rigidamente cronometrados e, para se ter uma ideia, eles têm apenas 23 segundos para preencher a ficha do último cliente atendido antes que o robô faça uma nova ligação. 

No início deste mês, os corpos de uma equipe inteira de call center que estava desaparecida no México foram encontrados pelas autoridades. As vítimas estavam distribuídas entre 45 sacos com restos humanos jogados em uma ravina na cidade de Zapopan, subúrbio da cidade de Guadalajara.

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