Uma adolescente confessou ter provocado o incêndio no dormitório estudantil em Mahdia, na Guiana, na noite do último domingo (21). Dezenove pessoas morreram e 17 ficaram feridas. Quando as chamas tomaram conta da residência, 56 alunas com idades entre 11 e 17 anos estavam no local.
De acordo com a polícia, que confirmou a informação na terça-feira (23), a estudante iniciou o incêndio porque teve o celular confiscado.
“As investigações policiais sobre o incêndio mortal de domingo à noite em Mahdia, que custou a vida de 19 pessoas, revelam que uma estudante é suspeita de iniciar o incêndio devastador porque o supervisor do dormitório e um professor levaram seu telefone celular”, diz um trecho do relatório policial.
Um funcionário do dormitório estudantil informou que a jovem admitiu ser responsável pelo incêndio que deixou a Guiana de luto. O homem, que não pode ser identificado, explicou ainda que as alunas não têm autorização para terem aparelhos celulares e a adolescente foi flagrada com um.
Ainda conforme o relato, assim que seu smartphone foi confiscado, a garota ameaçou atear fogo no dormitório para moças da residência estudantil. Minutos depois, ela se dirigiu até o banheiro, borrifou inseticida em uma cortina e iniciou as chamas com um fósforo.
Outras estudantes ainda tentaram extinguir o fogo, mas ele se alastrou rapidamente pelo prédio.
A adolescente está sob custódia policial em um hospital de Mahdia.
Incêndio na Guiana
Segundo o Corpo de Bombeiros, das vítimas fatais, 14 jovens morreram no local e cinco no hospital. O número ainda pode aumentar. Na quarta-feira (24), as autoridades do país informaram que duas jovens estão em estado crítico e correm risco de morte.
Entre as feridas, seis garotas foram transportadas de avião para Georgetown, capital da pequena nação, devido ao seu estado de saúde, e o restante para hospitais da cidade.
Em comunicado, a corporação destacou que as cerca de 20 estudantes salvas só puderam ser resgatadas depois que um buraco foi feito na parede do dormitório para moças da residência estudantil, já que o local tinha grades de segurança nas janelas.
A responsável pelo local, cujo filho está entre os mortos, informou à polícia que entrou em pânico e não conseguia encontrar a chave certa para a abrir a porta, o que atrasou a evacuação.
O prédio das estudantes foi completamente destruído pelas chamas. O telhado de estanho desabou e apenas parte das paredes ficaram de pé.