Um médico é acusado de colocar sêmen em xícaras de café que preparou para uma mulher em várias ocasiões e, por isso, levar a vítima a se envolver em atividade sexual sem seu consentimento. Nicholas John Chapman, de 55 anos, nega a denúncia. O caso aconteceu em Gloucester, na Inglaterra.
De acordo com a promotoria, a mulher começou a notar algo estranho nos cafés servidos pelo réu no final de 2020, mas não fazia ideia do que era por quase um ano. No entanto, apesar de estranhar o gosto da bebida, ela não pensou muito sobre isso até setembro de 2021, quando notou uma espécie de substância pegajosa que “não devia estar ali”.
“Ela tomou um gole de sua bebida e cuspiu na pia. Ela apenas sabia que era algo que não deveria estar lá, mas nem por um momento pensou que poderia se tratar de sêmen”, disse o advogado de acusação Richard Posner.
Após o ocorrido, a vítima conversou com outras pessoas sobre a situação e “percebeu a realidade”. Ela então esperou que o médico preparasse outro café para ela, na semana seguinte, e notou que ele carregava o que parecia ser um de seus frascos de amostra em um dos bolsos.
“’Isso imediatamente levantou suspeitas. Ela pegou o café e o despejou na pia e notou uma trilha viscosa. Parte da substância foi recuperada e colocada em potes de espécimes e fotos foram tiradas da substância pegajosa que parecia sêmen no fundo da caneca”, explicou Posner.
As amostras foram colocadas no freezer e depois entregues à polícia. A análise do café feita, em 13 de setembro de 2021, encontrou sêmen e DNA compatível com o réu.
Chapman acabou preso em seu consultório quando chegava para trabalhar. Durante o depoimento, ele se disse estar “chocado” com a acusação e negou ter colocado sêmen no café da mulher.
Mais tarde, o médico afirmou que devido a uma condição, que adquiriu na adolescência, ele solta sêmen ao defecar e que algum “resíduo” pode ter permanecido em suas mãos.
A advogada de defesa, Virginia Cornwall, ainda declarou ao tribunal que seu cliente não tinha nenhum interesse sexual na vítima. “Ele não se comportou de forma inadequada em nenhum momento e não fez café exclusivamente para ela”. A defensora ainda completou ressaltando que o sêmen era um “subproduto da defecação e não de natureza sexual”.
O caso segue em julgamento.
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